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Cascais: Primeiro documentário histórico sobre faróis portugueses

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Cascais: Primeiro documentário histórico sobre faróis portugueses percorre cinco séculos das "sentinelas" costeiras


Uma viagem pelos cinco séculos de história das "sentinelas dos que ao mar entregam a vida" é o que se propõe no primeiro documentário histórico sobre faróis portugueses, uma peça museográfica que começou esta semana a ser exibida em Cascais.

Produzido para a autarquia por Joaquim Boiça e Carlos Boiça, o filme, de 42 minutos, passa agora a integrar o espólio do Farol-Museu de Santa Marta, na vila de Cascais, onde o público poderá "visitar" os principais faróis do continente e das ilhas e conhecer os testemunhos de quem vive ou viveu a experiência de trabalhar nestes espaços de memória.

"Este é um instrumento de leitura e compreensão, onde procuramos conciliar três discursos - a História portuguesa e da constituição dos faróis, o seu valor patrimonial, científico e artístico e a vida do faroleiro", explica o historiador Joaquim Boiça, responsável pelo projecto museológico de Santa Marta.

"Sempre se teve presente que há vida e uma missão nos faróis e continua a haver um grande fascínio por estes locais, pela profissão, pelos velhos mecanismos", garante, ressalvando, porém, que há ainda alguma dificuldade em compreender estes espaços costeiros como palcos de experimentação tecnológica e de concentração inúmeros ofícios, da mecânica à carpintaria.

Para inverter esta tendência, o documentário percorre sucintamente os principais momentos da existência daquelas que apresenta como as "sentinelas diurnas e nocturnas dos que ao mar entregam a vida" -- desde a criação dos três primeiros faróis, com candeeiros alimentados a azeite, durante a expansão marítima, aos esforços de electrificação do século XX.

Os espectadores são também convidados a descobrir, por exemplo, que os avanços técnicos foram por várias vezes adiados por crises políticas e económicas, que o primeiro plano de farolagem da costa surgiu em 1881 ou que Portugal foi um dos primeiros países a criar o cargo de arquitecto de faróis.

Por fim, testemunhos repletos de memórias evocam a "paixão pelo mar" e as dificuldades dos faroleiros, em particular o isolamento e a constante mudança de posto.

Com a convicção de que o universo dos faróis continuará a despertar o imaginário colectivo e lamentando que exista pouco trabalho científico sobre o tema, Joaquim e Carlos Boiça ponderam ampliar a divulgação de "Faróis Portugueses -- Cinco Séculos de História", inclusive em festivais de cinema.

Segundo o comandante Abrantes Horta, da Direcção de Faróis, existem hoje 53 grandes faróis no território nacional, mais de metade dos quais habitados.

Desde há cinco anos, aquele organismo desenvolve o programa "Ciência Viva", que promove visitas a faróis durante os meses de Julho e Agosto, com uma média anual de quatro mil visitantes.


RYC.

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