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Educação: Professores voltaram à rua em Coimbra contra as políticas do Governo

17 de Maio de 2008, 17:43


Coimbra, 17 Mai (Lusa) - Professores dos seis distritos da região centro voltaram a manifestar-se esta tarde, em Coimbra, numa marcha contra as questões de fundo da política educativa do Governo, promovida pela Plataforma Sindical que agrupa as estruturas sindicais dos docentes.
"Esta é o encerrar do ciclo das lutas que decorrem da marcha da indignação de 8 de Março e que fundamentalmente tem a ver com os grandes problemas que afectam a educação em Portugal, a começar pelo sub-financiamento, regime de avaliação de desempenho, estatuto da carreira docente e o novo modelo de gestão das escolas", disse à agência Lusa Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF.
Algumas centenas de professores concentraram-se na Praça da República e desfilaram até à Praça de 8 de Maio, ostentando t-shirts, autocolantes, bandeiras e faixas com frases em defesa da escola pública e contra a actual política do Ministério da Educação (ME), para além de entoarem palavras de ordem.
Mário Nogueira, também porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, frisou que os docentes se mantêm "mobilizados e coesos" na defesa de uma escola pública de qualidade e a que a luta vai intensificar-se no próximo ano lectivo, depois de um período de "tréguas" resultante do entendimento com o ME para resolver "questões imediatas"
"No próximo ano lectivo há razões que podem fazer com que nós tenhamos mais confiança em resultados de luta, porque teremos eleições e as maiorias absolutas, mesmo as mais prepotentes, como é o caso da do engenheiro Sócrates, acabam por ficar mais fragilizadas", enfatizou o dirigente sindical.
O líder do Sindicato dos Professores da Zona Centro, José Ricardo, disse à agência Lusa que os professores recusam a imposição do novo estatuto da carreira docente, o modelo de avaliação e "a contagem do tempo de serviço que nos foi coarctada entre Agosto de 2005 e Dezembro de 2007".
O sindicalista salientou que a "transição dos professores da antiga carreira para a nova traz enormes discrepâncias em que professores têm formas diferentes de transitar ao escalão seguinte e chegar ao topo da carreira".
"Há professores que demoram mais um, dois ou três anos para chegar ao topo da carreira do que outros. Não podemos ter esta desigualdade entre professores, com regras que o ministério impôs unilateralmente", criticou José Ricardo.
"O facto de estarmos aqui hoje, a um sábado, no nosso dia de descanso, sem querermos perturbar a componente lectiva, é um sinal que a luta vai continuar no próximo ano pelas questões de fundo que dividem os professores e o ministério", acrescentou.
Um docente com mais de 30 anos de serviço, que pediu o anonimato, disse à agência Lusa que "é visível uma certa desmobilização dos professores na sequência do memorando de entendimento assinado com o ME".
"É visível uma certa decepção, pois o entendimento com a tutela surgiu quando já não era possível ao ME aplicar as regras este ano e teria de recuar", frisou o professor, actualmente a leccionar na Escola Secundária da Lousã.
Segundo o docente, "este sistema de avaliação veio destruir as relações de trabalho dentro da escola".
A manifestação de hoje em Coimbra coincidiu com outras realizadas em Lisboa, Porto, Évora e Faro.
AMV.
Lusa/Fim
 
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