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Trabalho: Sócrates acusa PCP de «querer condicionar os sindicatos», para que não haja consenso na revisão Código
18 de Maio de 2008, 01:21
Braga, 18 Mai (Lusa) - O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou no sábado, em Braga, o PCP de "querer condicionar os sindicatos", para que não cheguem a um consenso com o Governo na revisão do Código de Trabalho, ao apresentar uma moção de censura no Parlamento.
"A proposta que apresentamos é boa, correcta, equilibrada, defende os trabalhadores e a economia e abre as portas a um país melhor", afirmou.
O dirigente socialista falava perante 200 militantes do PS do distrito de Braga, numa sessão de explicação sobre as propostas de alteração do Código de Trabalho, que decorreu na sede da Associação Industrial do Minho.
A sessão iniciou-se com 1:45 de atraso, dado que Sócrates teve de se deslocar ao Hospital de Santo António no Porto, onde foi observado por se encontrar indisposto e com febre.
À chegada, explicou aos jornalistas que veio do Peru, esteve numa cerimónia pública e se sentiu com febre, pelo que se deslocou ao Hospital onde tomou um antibiótico e um analgésico: "Estou aqui, e em forma, como podem ver", afirmou, a propósito, perante a plateia.
O governante aproveitou para fazer ironia sobre o caso, garantindo que "não se sentiu mal por ter deixado de fumar", o que provocou risos na sala.
De seguida, e após o ministro Vieira da Silva, ter explicado as alterações que estão em discussão para alteração do Código, José Sócrates disse que "nenhum Governo teve, até agora, a coragem de apresentar propostas tão ousadas na concertação social" e que beneficiam, em simultâneo, os trabalhadores e a economia.
Insurgiu-se contra as posições do PCP e da CGTP-Intersindical, que classificou de "puro radicalismo", e insistiu na rejeição da tese dos comunistas de que a "redução de seis para três anos, do período máximo dos contratos a prazo, favorece a precariedade".
"Como é possível que alguém diga que esta medida é a favor dos contratos a prazo?", perguntou, "dizendo que ninguém no seu bom juízo e sem demagogia pode dizer tal coisa".
Argumentou que as propostas governamentais encerram "um novo conceito de trabalho subordinado", beneficiando, também, os trabalhadores sujeitos ao chamado "falso recibo verde" e incentivando a sua contratação pelas empresas.
"Propomos que os trabalhadores a recibo verde paguem menos 7,5 por cento e que as empresas que recorrem a este tipo de pagamento, paguem mais cinco por cento para a Segurança Social. Será esta medida a favor da precariedade?, perguntou.
Sócrates, que dedicou a maior parte do discurso a rebater os partidos à esquerda do PS, defendeu, também, a proposta governamental de alterar o regime de Convenções Colectivas de Trabalho, ao fim de 10 anos em vigor.
"Quando estive no Governo com António Guterres, havia uma empresa pública onde os trabalhadores tinham um dia mensal de folga para irem ao banco levantar o dinheiro do ordenado", referiu, frisando que a medida, "apesar de absurda" estava em vigor porque constava da Convenção Colectiva.
LM.
Lusa/fim
18 de Maio de 2008, 01:21
Braga, 18 Mai (Lusa) - O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou no sábado, em Braga, o PCP de "querer condicionar os sindicatos", para que não cheguem a um consenso com o Governo na revisão do Código de Trabalho, ao apresentar uma moção de censura no Parlamento.
"A proposta que apresentamos é boa, correcta, equilibrada, defende os trabalhadores e a economia e abre as portas a um país melhor", afirmou.
O dirigente socialista falava perante 200 militantes do PS do distrito de Braga, numa sessão de explicação sobre as propostas de alteração do Código de Trabalho, que decorreu na sede da Associação Industrial do Minho.
A sessão iniciou-se com 1:45 de atraso, dado que Sócrates teve de se deslocar ao Hospital de Santo António no Porto, onde foi observado por se encontrar indisposto e com febre.
À chegada, explicou aos jornalistas que veio do Peru, esteve numa cerimónia pública e se sentiu com febre, pelo que se deslocou ao Hospital onde tomou um antibiótico e um analgésico: "Estou aqui, e em forma, como podem ver", afirmou, a propósito, perante a plateia.
O governante aproveitou para fazer ironia sobre o caso, garantindo que "não se sentiu mal por ter deixado de fumar", o que provocou risos na sala.
De seguida, e após o ministro Vieira da Silva, ter explicado as alterações que estão em discussão para alteração do Código, José Sócrates disse que "nenhum Governo teve, até agora, a coragem de apresentar propostas tão ousadas na concertação social" e que beneficiam, em simultâneo, os trabalhadores e a economia.
Insurgiu-se contra as posições do PCP e da CGTP-Intersindical, que classificou de "puro radicalismo", e insistiu na rejeição da tese dos comunistas de que a "redução de seis para três anos, do período máximo dos contratos a prazo, favorece a precariedade".
"Como é possível que alguém diga que esta medida é a favor dos contratos a prazo?", perguntou, "dizendo que ninguém no seu bom juízo e sem demagogia pode dizer tal coisa".
Argumentou que as propostas governamentais encerram "um novo conceito de trabalho subordinado", beneficiando, também, os trabalhadores sujeitos ao chamado "falso recibo verde" e incentivando a sua contratação pelas empresas.
"Propomos que os trabalhadores a recibo verde paguem menos 7,5 por cento e que as empresas que recorrem a este tipo de pagamento, paguem mais cinco por cento para a Segurança Social. Será esta medida a favor da precariedade?, perguntou.
Sócrates, que dedicou a maior parte do discurso a rebater os partidos à esquerda do PS, defendeu, também, a proposta governamental de alterar o regime de Convenções Colectivas de Trabalho, ao fim de 10 anos em vigor.
"Quando estive no Governo com António Guterres, havia uma empresa pública onde os trabalhadores tinham um dia mensal de folga para irem ao banco levantar o dinheiro do ordenado", referiu, frisando que a medida, "apesar de absurda" estava em vigor porque constava da Convenção Colectiva.
LM.
Lusa/fim