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UICN põe na Lista Vermelha onze espécies de tubarões e raias do mal alto

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Biodiversidade​
UICN põe na Lista Vermelha onze espécies de tubarões e raias do mal alto


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No Dia Mundial da Biodiversidade 2008, celebrado hoje, a União Mundial para a Conservação (UICN) pôs onze espécies de tubarões e raias na sua Lista Vermelha e lembrou que ainda não há limites para a captura destes animais ameaçados de extinção.

Para marcar o dia, a UICN apresentou os resultados do primeiro estudo que traça a situação global de 21 espécies de tubarões e raias pelágicas (que vivem no mar alto). Mas os 15 cientistas que o realizaram, coordenados pelo Grupo de Especialistas da UICN em Tubarões, não tinham boas notícias para dar. Pelo menos para onze espécies, entre elas o Tubarão-raposo (Alopias vulpinus), o Tubarão luzidio (Carcharhinus falciformis) e o Rinquim (Isurus oxyrinchus).

A culpa, dizem, é das capturas acidentais mas sobretudo do excesso de pesca para a comercialização das barbatanas e de carne. No ano passado, só em Singapura foram consumidas mais de 470 toneladas de barbatanas de tubarão, segundo o “China Post”.

“A visão tradicional dos tubarões e raias oceânicos como rápidos e poderosos muitas vezes leva ao erro de pensar que eles são resilientes à sobre-exploração pesqueira”, diz Sonja Fordham, da UICN.

Mas apesar “das provas do declínio e das crescentes ameaças a estas espécies, não existem limites internacionais para as capturas dos tubarões oceânicos”, salienta. “É urgente tomar medidas globais para que estas pescas sejam sustentáveis”.

Além da definição de limites para as capturas, o estudo da UICN – publicado na revista “Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems” - sugere a melhoria da monitorização das pescas, o investimento em investigação e a minimização das capturas acidentais.

“Estamos a perder espécies a um ritmo entre dez a cem vezes mais rápido do que os níveis históricos de extinção (...). Mas não tem de ser assim. Com o apoio das pessoas e a vontade política podemos dar a volta a esta maré”, comentou o autor principal do estudo, Nicholas Dulvy, da Universidade Simon Fraser, em Vancouver.


22.05.2008 - 15h30 PÚBLICO
 
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