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Segurança na internet: filhos e pais mostram como lidam com as ameaças virtuais

jairobel

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Segurança na internet: filhos e pais mostram como lidam com as ameaças virtuais:espi28:

André Machado - O Globo
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RIO - A internet já faz parte da vida dos jovens. Mas como controlar o acesso à grande rede, que, como o mundo físico, abriga maravilhas e perigos? Ultimamente, até fabricantes de antivírus como a McAfee têm se dedicado ao tema, e sites como o Navegue Protegido trazem seções dedicadas à família toda; semana passada mesmo parlamentares britânicos recomendaram à agência reguladora de mídia do país mais atenção na filtragem de conteúdo internético para crianças. A própria agência alertou os pais para a necessidade de ficar de olho na navegação dos filhos. ( VÍDEO: clique e assista jovens e especialista falam de riscos à navegação )
Mas como as famílias resolvem a questão dentro de casa, no dia-a-dia? O Infoetc conversou com duas delas para conhecer seus métodos e rotinas online.
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Os irmãos Victor e Nathalia Sarmento Cavalcanti de Souza, de 17 e 14 anos, respectivamente, vivem grudados no computador de casa, que fica no quarto dos pais, Paulo Roberto e Patrícia. Victor, que está no terceiro ano do ensino médio e pretende fazer vestibular para Engenharia Mecânica, gosta de esportes e jogos e, apesar da idade (ou talvez por isso mesmo) é o responsável pelas atualizações de segurança no computador da família, que domina mais do que os pais. O que não o impede de estar sujeito a horários e obrigações durante sua navegação.

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Até agora, não tive nenhum problema de segurança (...) Atualizo o antivírus, tento falar com o máximo de gente conhecida possível (Victor, 17 anos)
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- Uso computador desde os 11 anos e sempre busquei a internet e os jogos, desde a era da conexão discada. Hoje temos uma conexão Predialnet aqui de 600Kbps - conta Victor. - No começo, ficava muito em chats, com o mIRC. Hoje, uso muito o Orkut, o MSN e corro atrás de notícias de esportes.

O Messenger substituiu o chat na vida de Victor. Ele fala com diversos tipos de pessoas no MSN, e afirma que já conheceu gente através da rede, mas sempre através de amigos que já conheciam os terceiros anteriormente.

- Até agora, não tive nenhum problema de segurança aí - afirma ele. - Atualizo o antivírus, tento falar com o máximo de gente conhecida possível e também fico longe de sites que não conheço bem.

De olho nos perfis de quem envia adds no Orkut
Victor explica que, mesmo não conhecendo alguém, procura ter uma referência da pessoa - saber onde estuda, por exemplo, ou se conhece algum amigo seu - para manter segura a comunicação.

- Quando recebo um add no Orkut, sempre vou até o perfil de quem enviou, olho tudo, as fotos, as informações... - diz.

A eterna disputa pela máquina
Já a irmã de Victor, Nathalia, que está na oitava série do ensino fundamental, gosta mesmo é de conversar na rede. Vive no Orkut e no MSN.

- Também gosto muito de ouvir música no computador. Costumo pegar os arquivos com meus amigos no MSN - conta ela.

Nathalia diz que solicita primeiro aos amigos as músicas que deseja.

- Não aceito qualquer arquivo que aparece do nada, só o que eu peço antes.

Ela também costuma se comunicar pelos recados do Orkut e tem álbuns de fotos lá dentro, com dezenas de imagens (eram mais: tantas que chegou a fazer uma limpeza no perfil recentemente). Mas os álbuns estão abertos só para os amigos.

- Percebo quando as mensagens que chegam são falsas, mesmo quando vêm com nomes de conhecidos - diz Nathalia. - A maioria dos links de vídeos leva a vírus, não clico.

O pai de Nathalia e Victor quase botou um vírus no PC de casa ao clicar num desses links. Felizmente, o antivírus pegou o danado.

A mãe dos dois, a protética Patrícia Sarmento Cavalcanti de Souza, costuma ficar de olho na navegação dos dois. O computador hoje fica no quarto dos pais, ao lado da cama de casal, mas já chegou a ficar no quarto das crianças, quando eram menores.

- Mesmo assim, não deu certo - diz Patrícia. - O controle era difícil e eu não os queria sozinhos no quarto com o PC. Tentamos botá-lo na sala, mas às vezes eles perdiam o sono e iam para o computador. Aí, não acordavam na hora para o colégio. Por fim, mudamos tudo no nosso quarto e o colocamos aqui, onde estamos sempre entrando e saindo, vigiando. Além disso, se eles vacilam nos estudos e tiram notas baixas, é só trancar a porta do quarto e vedar o acesso à máquina.

Ela estabeleceu um rodízio para o uso do PC, com horários de estudo e lazer para os filhos. Mesmo assim, a disputa pela máquina é ferrenha. Os irmãos vivem "subornando" um ao outro com doces e biscoitos para ganhar horas extras de navegação. Pelo menos numa ocasião, Nathalia $com o irmão a ponto de pegar a fonte do computador e levar para uma saída com os pais, para que ele não acessasse a internet no horário dela.
- Eu dou orientação para que eles naveguem em sites seguros, volta e meia fico perguntando com quem estão falando e costumo dar uma olhada no histórico de navegação deles - explica Patrícia. - Se bem que eles já descobriram e vez por outra apagam o histórico... Mas a orientação é dada. Fico de olho nas notícias sobre problemas de segurança e também me informo com os amigos sobre isso.

O computador da casa da arquiteta e analista de sistemas Elizabeth Cristina Mocny Coutinho também fica no seu quarto. A filha Isis, de 14 anos, estudando na oitava série, acessa a internet de lá. Elizabeth, embora reconheça que a posição do computador permite um controle maior, admite que tem que adquirir mais um PC para colocar no quarto dos filhos.

- Eu navego todos os dias depois da escola, passo a tarde toda às vezes, quando não tenho que estudar algo - conta Isis. - Embora também use a rede para estudar e fazer trabalhos. Meus favoritos são os sites de relacionamento, como o Orkut, e o MSN. Também uso muito o Fotolog.

Isis tem 400 amigos no Orkut - ela conhece todos, garante - e também prefere falar pelos recados de lá ou pelo Messenger.

- Até revisão de matéria antes de provas eu faço pelo MSN com as amigas.

O hábito de apagar todos os recados do Orkut
Isis diz que não tem por hábito falar com pessoas que não conhece no Orkut ou MSN, mas, se forem amigas dos seus amigos, conversa com elas, sim. Pode até adicionar em alguns casos, mas são minoria.

- Lógico, chegam muitas mensagens falsas, mas a maioria das pessoas que mandam esse tipo de mensagem não tem consciência de que elas são falsas - comenta. - Eu não aceito esse tipo de mensagem e apago logo. Aliás, eu tenho o costume de apagar meus recados.

Embora no Fotolog somente possam comentar os álbuns de Isis outros usuários da ferramenta, ela pelo menos uma vez emprestou sua senha de lá a uma amiga para que esta fizesse um comentário em outro álbum (devidamente monitorado por ela). No Orkut, suas imagens são restritas à visualização de amigos, embora ela reconheça que bola suas senhas com vistas à fácil memorização.

Elizabeth é a pessoa da casa responsável pela segurança no computador, instalando e atualizando os programas antivírus e congêneres.

- Faço tudo isso e verifico os arquivos temporários do computador. Usamos o Avast aqui (Patrícia utiliza o AVG), e temos perfis diferenciados no computador - diz Elizabeth. - Só o meu tem permissão de instalar novos programas, de modo que controlo o que entra na máquina.

Elizabeth dá uma vistoria no computador de vez em quando, verificando as pastas de documentos dos membros da família, e também estabelece horas de uso para o computador por Isis. Da mesma forma que Patrícia, consulta o histórico da filha, mas, volta e meia, apaga suas trilhas de navegação quando esta é mais pessoal.

- Nem sempre isso adianta - diz Elizabeth - Quando a gente fuça bem, dá para descobrir o que eles andaram fazendo.

Por fim, ela faz varreduras regulares no computador com o antivírus para se certificar de que está tudo certinho e não há nada estranho presente.



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