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Multipremiado Toumani Diabaté no Porto para apresentar novo CD "Variações Mandé"

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Multipremiado Toumani Diabaté no Porto para apresentar novo CD "Variações Mandé"

Toumani Diabaté, o mestre tocador de kora, apresenta-se quarta-feira na Sala Suggia da Casa da Música, em concerto dedicado a mostrar o seu novo disco, intitulado "The Mandé Variations".

Este novo trabalho a solo deixou uma forte impressão no universo da World Music, sendo considerado uma obra-prima da música africana contemporânea.

À semelhança de Kaira, título do primeiro álbum, The Mandé Varitions é também um disco onde as cordas assumem o protagonismo.

A kora, também chamada harpa africana, é um instrumento composto por 21 cordas, com uma caixa de ressonância feita a partir de uma grande cabaça cortada ao meio e fechada com uma pele de vaca.

Toumani Diabaté nasceu em Bamako, capital do Mali, em 1965, numa família de griots, uma comunidade de contadores de histórias ancestrais da África Ocidental, que conta com 71 gerações de executantes de kora.

Diabaté é apelidado de príncipe da kora porque o seu pai, Sidiki Diabaté, falecido em 1996, era considerado o rei deste instrumento.

Apesar de ter crescido num ambiente preenchido por música, Toumani Diabaté foi um autodidacta na aprendizagem da kora, sem receber ensinamentos directos do seu pai para além de ouvir a sua música.

Nas décadas de 1960 e 70, o meio musical de Bamako era influenciado pelos sons de fora, especialmente da música negra americana: a música soul era particularmente popular, tal como Jimi Hendrix, Jimmy Smith e grupos de rock britânico como Led Zeppelin.

A exposição a estas sonoridades foi importante para o desenvolvimento musical de Toumani Diabaté, tendo a sua carreira ganho vida própria quando ele cruzou a fértil música do Mali e da região centro-africana com outros géneros como flamenco, jazz ou blues.

Desde então, tocou em vários continentes e participou em inúmeros projectos discográficos com músicos como Ali Farka Touré, Salif Keita, Damon Albarn, Kasse Mady Diabaté e Björk.

Entre as inúmeras distinções que recebeu, contam-se o Tamani de Ouro que consagrou Diabaté, em 2003, como o melhor tocador de kora do mundo, e o Zyriab des Virtuoses em 2004.

Foi também o primeiro africano a receber o prémio da Unesco, tendo também sido distinguido, em 2004, pelo CD que gravou com Ali Farka Touré, um Grammy para a categoria músicas do mundo.

Nick Gold, da editor da revista "World Circuit, considerou que Toumani Diabaté "é o portador da chama de uma das formas de arte mais belas do mundo, de grande espiritualidade, uma música venerada desde há séculos que ele reafirma e, ao mesmo tempo, introduz ao público contemporâneo a uma inspiradora espiritualidade."





Fonte:Lusa
 
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