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Embaixador Castro Brandão edita cronologia detalhada do Estado Novo
Fernando Castro Brandão, autor de várias obras sobre a diplomacia portuguesa, edita esta semana "Estado Novo - uma cronologia", em que detalha factos e legislação desde 11 de Abril de 1933 a 25 de Abril de 1974.
A data de 11 de Abril de 1933 é a escolhida para abrir esta cronologia, por ter entrado em vigor a nova Constituição da República, enquanto 25 de Abril de 1974 foi o dia em que os militares ditaram o final do Estado Novo.
No prefácio, Castro Brandão, actual embaixador de Portugal em Praga, afirma que "dificilmente se concebe o labor historiográfico, sem constante recurso ao enquadramento de pormenorizada cronologia".
O historiador António Simões do Paço, que coordena a série de fascículos "Os anos de Salazar", salientou à Lusa "a importância deste tipo de obras, que são auxiliares preciosos para o trabalho historiográfico".
Simões do Paço acrescentou que "há uma grande curiosidade sobre o período do Estado Novo, havendo agora maior consciência crítica e distância de paixões ideológicas para analisar aquele período da História de Portugal".
O Estado Novo data precisamente da entrada em vigor da Constituição de 1933 plebiscitada pelos portugueses a 19 de Março desse ano, até ao golpe militar de 25 de Abril de 1974.
Desde 1926 Portugal vivia em regime de ditadura militar, depois dos militares liderados pelo general Gomes da Costa terem iniciado a descida de Braga até Lisboa e deposto o Governo constitucional da República.
Para Castro Brandão, este "período histórico tem sido persistentemente anatemizado".
Uma das fontes desta cronologia foi a "agenda" de António de Oliveira Salazar, presidente do Conselho de Ministros de 1933 a 1968, refere o autor.
Desta cronologia salienta o autor "o número de conselhos de ministros, contrariando a propalada ideia de que raramente o Chefe do Governo os convocava".
O diplomata cita na obra várias notas "do punho do próprio Doutor Salazar", designadamente no tocante aos assuntos tratados nos diferentes conselhos de ministros.
Além das aprovações de decretos-lei, nomeações de ministros ou alterações de cariz administrativo e militar, construções do Estado como palácios da justiça, escolas ou estradas, a cronologia, editada pelos Livros Horizonte, inclui nascimentos e mortes de personalidades, determinações militares, acontecimentos culturais e da imprensa.
A cronologia tanto refere a inauguração do Cine Popular na Fajã Grande, na ilha de S. Miguel, a 28 de Abril de 1933, como a entrega da Palma da Universidade de Espanha ao poeta Eugénio de Castro, a 12 de Maio de 1938, em Coimbra, como a vitória do ciclista Francisco Inácio do Sporting na Volta a Portugal, a 24 de Agosto de 1941.
Dia a dia Castro Brandão registou os diferentes eventos, como o início da construção da Siderurgia Nacional, a 25 de Abril de 1959, estando cada uma dos temas enunciado num índice remissivo.
Fernando de Castro Brandão iniciou-se na carreira diplomática em 1973, anteriormente tinha sido assistente do historiador António Borges de Macedo durante dois anos e cumprido o serviço militar.
Tem várias obras publicadas, entre as quais, "História diplomática portuguesa" e "Relaciones diplomático consulares entre México Y Portugal".
Fonte:Lusa
Fernando Castro Brandão, autor de várias obras sobre a diplomacia portuguesa, edita esta semana "Estado Novo - uma cronologia", em que detalha factos e legislação desde 11 de Abril de 1933 a 25 de Abril de 1974.
A data de 11 de Abril de 1933 é a escolhida para abrir esta cronologia, por ter entrado em vigor a nova Constituição da República, enquanto 25 de Abril de 1974 foi o dia em que os militares ditaram o final do Estado Novo.
No prefácio, Castro Brandão, actual embaixador de Portugal em Praga, afirma que "dificilmente se concebe o labor historiográfico, sem constante recurso ao enquadramento de pormenorizada cronologia".
O historiador António Simões do Paço, que coordena a série de fascículos "Os anos de Salazar", salientou à Lusa "a importância deste tipo de obras, que são auxiliares preciosos para o trabalho historiográfico".
Simões do Paço acrescentou que "há uma grande curiosidade sobre o período do Estado Novo, havendo agora maior consciência crítica e distância de paixões ideológicas para analisar aquele período da História de Portugal".
O Estado Novo data precisamente da entrada em vigor da Constituição de 1933 plebiscitada pelos portugueses a 19 de Março desse ano, até ao golpe militar de 25 de Abril de 1974.
Desde 1926 Portugal vivia em regime de ditadura militar, depois dos militares liderados pelo general Gomes da Costa terem iniciado a descida de Braga até Lisboa e deposto o Governo constitucional da República.
Para Castro Brandão, este "período histórico tem sido persistentemente anatemizado".
Uma das fontes desta cronologia foi a "agenda" de António de Oliveira Salazar, presidente do Conselho de Ministros de 1933 a 1968, refere o autor.
Desta cronologia salienta o autor "o número de conselhos de ministros, contrariando a propalada ideia de que raramente o Chefe do Governo os convocava".
O diplomata cita na obra várias notas "do punho do próprio Doutor Salazar", designadamente no tocante aos assuntos tratados nos diferentes conselhos de ministros.
Além das aprovações de decretos-lei, nomeações de ministros ou alterações de cariz administrativo e militar, construções do Estado como palácios da justiça, escolas ou estradas, a cronologia, editada pelos Livros Horizonte, inclui nascimentos e mortes de personalidades, determinações militares, acontecimentos culturais e da imprensa.
A cronologia tanto refere a inauguração do Cine Popular na Fajã Grande, na ilha de S. Miguel, a 28 de Abril de 1933, como a entrega da Palma da Universidade de Espanha ao poeta Eugénio de Castro, a 12 de Maio de 1938, em Coimbra, como a vitória do ciclista Francisco Inácio do Sporting na Volta a Portugal, a 24 de Agosto de 1941.
Dia a dia Castro Brandão registou os diferentes eventos, como o início da construção da Siderurgia Nacional, a 25 de Abril de 1959, estando cada uma dos temas enunciado num índice remissivo.
Fernando de Castro Brandão iniciou-se na carreira diplomática em 1973, anteriormente tinha sido assistente do historiador António Borges de Macedo durante dois anos e cumprido o serviço militar.
Tem várias obras publicadas, entre as quais, "História diplomática portuguesa" e "Relaciones diplomático consulares entre México Y Portugal".
Fonte:Lusa