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Vidigueira: Ruínas de São Cucufate reabrem na segunda-feira

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Vidigueira: Ruínas de São Cucufate reabrem na segunda-feira

As ruínas romanas de São Cucufate, na freguesia de Vila de Frades, Vidigueira (Beja), reabrem segunda-feira, após seis meses fechadas por falta de pessoal para assegurar o acesso do público ao espaço, disse hoje à agência Lusa o director regional de Cultura do Alentejo.

Segundo José Nascimento, a partir de segunda-feira, dois arqueólogos da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) vão trabalhar a tempo inteiro no Núcleo Museológico da Casa do Arco, um espaço de exposições temporárias associado ao sítio arqueológico e situado em Vila de Frades.

A partir do núcleo, explicou o responsável, os arqueólogos vão assegurar, de segunda a sexta-feira, visitas guiadas às ruínas, localizadas a três quilómetros da vila.

«As ruínas de São Cucufate não voltarão a fechar por falta de pessoal», garantiu José Nascimento, frisando que a DRCA optou por uma «solução definitiva e não transitória, que representa um salto qualitativo nas visitas à villa romana».

Os visitantes, salientou, «vão passar a ser recebidos e guiados por técnicos especializados».

O monumento, considerado um dos principais vestígios romanos e um dos grandes atractivos turísticos no Baixo Alentejo, fechou no final do ano passado, quando os funcionários a trabalhar no local terminaram os contratos e não foram substituídos, uma situação que se repetiu periodicamente nos últimos anos.

A abertura das ruínas era assegurada por funcionários contratados ao abrigo de um protocolo de mercado social de emprego entre o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Esta situação provocou o fecho das ruínas por várias vezes e sempre durante os períodos de transição entre os contratos dos funcionários subsidiados.

Com a entrada em vigor no início deste ano de nova legislação, só é possível contratar trabalhadores ao abrigo de programas ocupacionais para auxiliar funcionários do quadro de uma instituição, o que não existe nas ruínas de São Cucufate, que estiveram fechadas e à espera da nova solução da DRCA.

Em declarações à Lusa, apesar de se congratular com a reabertura das ruínas, o presidente da Câmara da Vidigueira, Manuel Narra, considerou «extremamente curta» a solução da DRCA. «Só permite a abertura do sítio de segunda a sexta-feira, já que os dois arqueólogos não vão trabalhar aos fins-de-semana, precisamente quando o monumento é mais procurado pelos visitantes», criticou.

Por outro lado, continuou, a solução da DRCA «obriga os interessados em visitar as ruínas a passar primeiro pela Casa do Arco, situada a cerca de três quilómetros do sítio arqueológico».

Confrontado com estas críticas, José Nascimento disse que a DRCA já enviou uma proposta de protocolo a assinar com a Câmara da Vidigueira e com a Junta de Freguesia de Vila de Frades, às quais atribui, respectivamente, a competência de contratar pessoal para assegurar a abertura das ruínas aos fins-de-semana e a limpeza e manutenção do sítio arqueológico.

«A DRCA está a tentar desresponsabilizar-se», acusou Manuel Narra, referindo que «a Câmara e a Junta de Freguesia não vão substituir a DRCA na gestão e manutenção de um monumento nacional tutelado pelo Estado».

No entanto, disse o autarca, a Câmara vai apresentar uma contraproposta à DRCA, na qual se «disponibiliza para encontrar pessoas para assegurar a abertura das ruínas aos fins-de-semana».

«Mas será através de programas ocupacionais ou estágios profissionais ou curriculares, porque, devido às limitações da lei das finanças locais, a Câmara, tal como todas as outras, não pode contratar mais pessoal», disse Manuel Narra, avisando que esta alternativa «não garante a abertura definitiva aos fins-de-semana».

Em declarações à Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Vila de Frades, Luís Amado, congratulou-se com a reabertura das ruínas, mas também partilhou das críticas de Manuel Narra.

Segundo Luís Amado, a Junta vai disponibilizar um funcionário, contratado através de programas ocupacionais, para assegurar a limpeza e manutenção do espaço exterior das ruínas.


Diário Digital / Lusa
 
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