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Gaia: Ambientalistas denunciam apoios de praia sobre dunas
A associação ambientalista Amigos do Mar de Gaia denunciou hoje a existência de «anomalias graves» na requalificação da orla marítima do concelho e assegurou que há bares de apoio às praias que estão a destruir zonas de dunas.
«Registamos várias anomalias graves na requalificação do litoral de Gaia, com estruturas instaladas em cima das dunas ao longo de toda a costa», afirmou Jorge Amaral, presidente da associação, em declarações à agência Lusa.
O ambientalista salientou que «foram rasgadas e destruídas partes das dunas em pontos considerados de risco» e sustentou que a instalação de alguns equipamentos danificou «cordões de dunas de protecção da costa».
Segundo Jorge Amaral, há cerca de uma dezena de bares de apoio à praia que estão instalados em zonas de dunas.
«Não se pode aceitar que, em nome da requalificação, se destruam dunas que antes estavam protegidas«, frisou o ambientalista, salientando que a situação já foi comunicada à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
O presidente dos Amigos do Mar de Gaia admitiu, no entanto, que o problema poderá vir a ser denunciado à União Europeia, caso não sejam tomadas medidas para o resolver.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, frisou que a autarquia »não tem rigorosamente nada a ver com este assunto«.
Menezes acrescentou, no entanto, que os bares de apoio às praias do litoral de Gaia »estão de acordo com o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), que tem algumas exigências que são draconianas«.
No mesmo sentido, fonte da CCDRN afirmou à Lusa que »todas as estruturas que podem ser construídas nas zonas de praia estão previstas no POOC«, frisando que »não são admitidas construções fora do plano«.
«As informações que temos é que o POOC está a ser cumprido, não existindo construções que não estejam previstas no programa», acrescentou.
Questionada directamente sobre a possibilidade de estarem previstos locais de instalação de bares de apoio sobre zonas de dunas, a fonte referiu apenas que «o POOC impõe limitações, mas também tem algumas possibilidades de construção».
Na costa atlântica de Gaia, onde existem 17 praias com bandeira azul, estão previstos cerca de três dezenas de apoios de praia, entre bares e restaurantes, num investimento global superior a sete milhões de euros, integralmente assumido por investidores privados.
Alguns destes equipamentos já estão a funcionar, outros encontram-se em construção e existem ainda outros que estão apenas em projecto.
Em meados de Maio, Luís Filipe Menezes participou numa cerimónia destinada a apresentar este investimento privado, que afirmou vai dotar as praias do concelho «com estruturas de apoio de alta qualidade».
O presidente da Câmara de Gaia considerou, na altura, que este processo representa «uma situação paradigmática do que deve ser o modelo de governação», numa referência à importância da cooperação entre o município e os investidores privados.
«Nada pode substituir o Estado e a administração no lançamento de dinâmicas de desenvolvimento, mas a consolidação desse desenvolvimento só é possível com os empresários e a iniciativa privada«, afirmou, na altura, o autarca social-democrata.
Diário Digital / Lusa
A associação ambientalista Amigos do Mar de Gaia denunciou hoje a existência de «anomalias graves» na requalificação da orla marítima do concelho e assegurou que há bares de apoio às praias que estão a destruir zonas de dunas.
«Registamos várias anomalias graves na requalificação do litoral de Gaia, com estruturas instaladas em cima das dunas ao longo de toda a costa», afirmou Jorge Amaral, presidente da associação, em declarações à agência Lusa.
O ambientalista salientou que «foram rasgadas e destruídas partes das dunas em pontos considerados de risco» e sustentou que a instalação de alguns equipamentos danificou «cordões de dunas de protecção da costa».
Segundo Jorge Amaral, há cerca de uma dezena de bares de apoio à praia que estão instalados em zonas de dunas.
«Não se pode aceitar que, em nome da requalificação, se destruam dunas que antes estavam protegidas«, frisou o ambientalista, salientando que a situação já foi comunicada à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
O presidente dos Amigos do Mar de Gaia admitiu, no entanto, que o problema poderá vir a ser denunciado à União Europeia, caso não sejam tomadas medidas para o resolver.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, frisou que a autarquia »não tem rigorosamente nada a ver com este assunto«.
Menezes acrescentou, no entanto, que os bares de apoio às praias do litoral de Gaia »estão de acordo com o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), que tem algumas exigências que são draconianas«.
No mesmo sentido, fonte da CCDRN afirmou à Lusa que »todas as estruturas que podem ser construídas nas zonas de praia estão previstas no POOC«, frisando que »não são admitidas construções fora do plano«.
«As informações que temos é que o POOC está a ser cumprido, não existindo construções que não estejam previstas no programa», acrescentou.
Questionada directamente sobre a possibilidade de estarem previstos locais de instalação de bares de apoio sobre zonas de dunas, a fonte referiu apenas que «o POOC impõe limitações, mas também tem algumas possibilidades de construção».
Na costa atlântica de Gaia, onde existem 17 praias com bandeira azul, estão previstos cerca de três dezenas de apoios de praia, entre bares e restaurantes, num investimento global superior a sete milhões de euros, integralmente assumido por investidores privados.
Alguns destes equipamentos já estão a funcionar, outros encontram-se em construção e existem ainda outros que estão apenas em projecto.
Em meados de Maio, Luís Filipe Menezes participou numa cerimónia destinada a apresentar este investimento privado, que afirmou vai dotar as praias do concelho «com estruturas de apoio de alta qualidade».
O presidente da Câmara de Gaia considerou, na altura, que este processo representa «uma situação paradigmática do que deve ser o modelo de governação», numa referência à importância da cooperação entre o município e os investidores privados.
«Nada pode substituir o Estado e a administração no lançamento de dinâmicas de desenvolvimento, mas a consolidação desse desenvolvimento só é possível com os empresários e a iniciativa privada«, afirmou, na altura, o autarca social-democrata.
Diário Digital / Lusa