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Saúde: Diabéticos têm quatro vezes mais probabilidades de impotência

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Saúde: Diabéticos têm quatro vezes mais probabilidades de impotência
07 de Junho de 2008, 20:14

São Francisco, Estados Unidos, 07 Jun (Lusa) - Os diabéticos têm quatro vezes mais probabilidades de serem impotentes em relação aos que não sofrem desta doença, que também transforma as parceiras em "doentes escondidas", segundo especialistas participantes no congresso da Associação Americana de Diabetes.

Numa palestra em São Francisco, Donna Rice, que desenvolve projectos de educação nesta área, a maior probabilidade de disfunção eréctil deve-se nomeadamente aos problemas vasculares associados.

Num diagnóstico têm ainda que entrar, porém, outros factores como a idade, duração da doença, o controlo da glicémia e complicações renais, lembrou a especialista.

"Quem tem grandes concentrações de açucar no sangue provavelmente não tem energia, nem concentração ideais e um orgasmo passa muito pela concentração", notou Rice, sublinhando a necessidade de os médicos "entrarem no quarto" dos diabéticos, tal como falam das suas "doenças dos pés e dos olhos".

A avaliação de diversos factores também foi defendida pelo médico Lawrence Fisher, que revelou a sua surpresa por a maioria dos doentes desvalorizarem a influência da idade no funcionamento do corpo: "dizem sempre que a culpa é da diabetes".

O investigador da Universidade da Califórnia referiu a "auto-culpa" e "culpabilização do doente pelo seu parceiro" principalmente na diabete tipo 2, muito associada ao excesso de peso, que por sua vez pode levar à baixa auto-estima.

Num estudo apresentado, mais de metade de diabéticos de tipo 2 com um índice de massa corporal acima dos 30 tem companheiros também obesos.

Na relação entre doente e parceiro entra muitas vezes a depressão, o stress e a toma de anti-depressivos, que podem levar a uma menor líbido e interesse na actividade sexual, assim como o "elefante" da bomba de vácuo, que permite a erecção.

"A bomba ou a medição do nível do açúcar tira a espontaneidade", referiu o especialista, recordando o peso que os fracassos de uma erecção têm numa relação sexual e a preocupação de haver, por exemplo, um ataque cardíaco devido a um dos elementos ter diabetes.

A "falta de uma língua" entre os casais para discutir estes assuntos foi outro dos factores indicados pelo especialista.

A educação sexual para as jovens diabéticas, devido aos riscos conhecidos da doença nomeadamente na gravidez, foi outro dos pontos abordados, mas a atenção acabou por se centrar de forma improvável no Estado de Wisconsin.

Numa interpelação aos oradores, uma psicóloga a trabalhar naquele Estado norte-americano comentou que qualquer actividade sexual envolvendo jovens abaixo dos 18 anos é considerada abuso de menores e como tal reportada às autoridades.

"Podem estar envolvidas duas pessoas de 17 anos que daí a seis dias fazem 18. Mas eu tenho que reportar, e como é que posso desenvolver melhor o meu trabalho com esta lei?", questionou.

Além de várias críticas a essa lei por parte dos palestrantes, por poder estar em causa a relação de confidencialidade, um outro psicólogo na audiência acrescentou que se poderia dar um consentimento informado aos jovens e sugerir que se fale de sexo "apenas no abstracto".

PL.

Lusa/fim
 
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