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Hotéis algarvios pouco ‘amigos do ambiente’
Os hotéis só têm a ganhar em serem ‘amigos do ambiente’. A redução dos custos energéticos pode até influenciar o preço das estadias.
A AREAL (Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve) pretende incentivar a redução e optimização do consumo energético a nível regional, fazendo auditorias de modo a descobrir as principais falhas energéticas dos estabelecimentos que requerem os seus serviços. Na sua maioria são os municípios os seus principais clientes, mas alguns hotéis já têm abordado a agência.
Contudo, até aqui são poucas as unidades hoteleiras que usam os serviços da AREAL. Nas palavras do director geral, José Luís Torrão, o grande problema está "na mentalidade das pessoas, que não estão sensibilizadas".
Isto numa região onde a factura energética das empresas aparece em segundo lugar, logo a seguir aos gastos com pessoal (ver aqui).
“A maioria dos hotéis no Algarve não são de grandes grupos, têm menos capacidade económica, e, na maior parte das vezes, quando apresentamos o custo das auditorias preferem não o fazer, admite ao Observatório do Algarve.
"As pessoas não compreendem que fazendo algumas modificações a nível energético as diferenças no final do mês começam a aparecer”, frisa o responsável da AREAL.
Melhorar o sistema de ar condicionado, revisão dos contratos com a EDP, implementação de painéis fotovoltaicos ou a simples diminuição dos consumos de água, são as medidas mais usuais implementadas por esta empresa, que, apesar de não trabalhar muito com hotéis ou empreendimentos turísticos, reconhece que a diminuição do consumo é uma prioridade. Para o bem da economia regional.
“Os hotéis em Espanha já perceberam há muito tempo o retorno que algumas destas medidas podem ter e estão sensibilizados para a questão energética, por isso são muito mais competitivos que nós, pois com o dinheiro que poupam podem baixar os preços dos quartos”.
José Luís Torrão salienta ainda que a AHETA (Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve) deveria ter um papel mais interventivo na questão de sensibilização das unidades hoteleiras para a utilização de sistemas ‘amigos do ambiente’: “Tem de se promover uma melhor gestão da energia e mudar as mentalidades, fazer entender que os hotéis saem beneficiados”.
“Acho impressionante que os recursos que o Algarve tem não estejam a ser utilizados. Nem que seja usar a energia solar para aquecer as piscinas”, reclama.
Tiago Griff
Observatório do Algarve
Os hotéis só têm a ganhar em serem ‘amigos do ambiente’. A redução dos custos energéticos pode até influenciar o preço das estadias.
A AREAL (Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve) pretende incentivar a redução e optimização do consumo energético a nível regional, fazendo auditorias de modo a descobrir as principais falhas energéticas dos estabelecimentos que requerem os seus serviços. Na sua maioria são os municípios os seus principais clientes, mas alguns hotéis já têm abordado a agência.
Contudo, até aqui são poucas as unidades hoteleiras que usam os serviços da AREAL. Nas palavras do director geral, José Luís Torrão, o grande problema está "na mentalidade das pessoas, que não estão sensibilizadas".
Isto numa região onde a factura energética das empresas aparece em segundo lugar, logo a seguir aos gastos com pessoal (ver aqui).
“A maioria dos hotéis no Algarve não são de grandes grupos, têm menos capacidade económica, e, na maior parte das vezes, quando apresentamos o custo das auditorias preferem não o fazer, admite ao Observatório do Algarve.
"As pessoas não compreendem que fazendo algumas modificações a nível energético as diferenças no final do mês começam a aparecer”, frisa o responsável da AREAL.
Melhorar o sistema de ar condicionado, revisão dos contratos com a EDP, implementação de painéis fotovoltaicos ou a simples diminuição dos consumos de água, são as medidas mais usuais implementadas por esta empresa, que, apesar de não trabalhar muito com hotéis ou empreendimentos turísticos, reconhece que a diminuição do consumo é uma prioridade. Para o bem da economia regional.
“Os hotéis em Espanha já perceberam há muito tempo o retorno que algumas destas medidas podem ter e estão sensibilizados para a questão energética, por isso são muito mais competitivos que nós, pois com o dinheiro que poupam podem baixar os preços dos quartos”.
José Luís Torrão salienta ainda que a AHETA (Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve) deveria ter um papel mais interventivo na questão de sensibilização das unidades hoteleiras para a utilização de sistemas ‘amigos do ambiente’: “Tem de se promover uma melhor gestão da energia e mudar as mentalidades, fazer entender que os hotéis saem beneficiados”.
“Acho impressionante que os recursos que o Algarve tem não estejam a ser utilizados. Nem que seja usar a energia solar para aquecer as piscinas”, reclama.
Tiago Griff
Observatório do Algarve