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Manifestação em Guimarães contra linhas de alta tensão
Na localidade de Serdezelo foram registados mais 76 novos casos de cancro nos últimos dez anos
Na localidade de Serdezelo foram registados mais 76 novos casos de cancro nos últimos dez anos
Dezenas de pessoas vão manifestar-se, sábado, em Serzedelo, Guimarães, contra a instalação de linhas de alta tensão em áreas habitadas, afirmou Helena Carmo, uma das fundadoras do movimento contra as linhas, referiu a agência Lusa.
No primeiro encontro formal contras as linhas de alta e muito alta estavam presentes moradores de, Odivelas, Almada, Seixal, Batalha, Penafiel, Silves, Amadora e Guimarães.
Serdezelo é um caso único em Portugal
O Movimento Nacional Contra as Linhas de Alta Tensão em Zonas Habitadas escolheu Serzedelo para a primeira reunião pela forma como os moradores têm que conviver com os cabos de alta tensão
«Serzedelo é um exemplo paradigmático da realidade portuguesa», salientou Helena Carmo.
A delegação de saúde pública de Guimarães está a desenvolver um estudo epidemiológico, há mais de um ano, junto da população de Serzedelo para esclarecer, se as radiações emitidas pelas dezenas de cabos de alta tensão, são ou não a causa directa de alguns problemas de saúde da população.
76 novos casos de cancro em dez anos
O estudo que deve ficar concluído em Julho, envolve médicos de família, o Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, e o Instituto Português de Oncologia, no Porto.
Num levantamento feito por alguns moradores de Serzedelo, foram registados 76 novos casos de cancro nos últimos dez anos.
«Estamos à espera do estudo para ver se os resultados da Delegação de Saúde vão no sentido do levantamento que fizemos», salientou Manuel Silva, residente em Serzedelo e um dos impulsionadores da criação do movimento nacional.
Linhas condicionam vida em Serzedelo
Os habitantes de Serzedelo, agora, antes de comprarem um terreno verificam se não passam cabos na zona e já não fazem desporto em sítios onde existam muitas linhas ou antenas de telemóvel.
Sábado, serão eleitos os primeiros órgãos sociais do Movimento Nacional Contra as Linhas de Alta Tensão em Zonas Habitadas e aprovados os estatutos da organização.
IOL