Falta de acessos para pessoas deficientes na Universidade do Minho

Falta de acessos para pessoas deficientes na Universidade do Minho

Como antigo estudante da Universidade do Minho, é com enorme tristeza que venho alertar para a seguinte situação: Na Universidade do Minho, mais especificamente nos novos edifícios do campus de Gualtar, as acessibilidades para pessoas com deficiências motoras são vergonhosas e inaceitáveis.

Os acessos para os novos edifícios para quem felizmente possui todas as capacidades físicas não se podem considerar “de fácil” acesso. O que será de alguém que é OBRIGADO a deslocar-se em cadeiras de rodas? A resposta é a seguinte: se quiser entrar no edifício da escola de engenharia, sem ajuda de alguém com todas as capacidades físicas, tem como única hipótese a entrada pelo acesso dos automóveis, que é nada mais nada menos do que uma estrada que dá uma volta enorme ao edifício e tem a entrada do parque nas traseiras.

Esta situação passa-se, como todos sabemos, numa Universidade pública. Isto não é vergonhoso, mas sim, uma situação completamente inaceitável.

Cidadão Repórter
JN

Pois é amiga satpa, também acho a situação inaceitável. A questão é que isto não se passa apenas na Universidade do Minho, mas em muitos outros locais públicos. Esta noticia chamou-me à atenção porque, ainda há pouco tempo, também num local público, apercebi-me que havia, por exemplo, várias rampas para deficientes motores que se desloquem de cadeira de rodas. O mais curioso, é a existência de três ou quatro degraus para haver acesso à rampa!!:isso_se_faz:
Vale a pena alertar para isto!

Alerta partiu de alunos da UTAD

Alerta partiu de alunos da UTAD
Falta de acessos para deficientes nas escolas

O Núcleo de Alunos de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas (NAERA) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) lançou um comunicado para alertar sobre a falta de acessibilidades para pessoas portadoras de deficiências em diversas escolas do país, onde são prestados serviços de acesso ao ensino superior.

Um dos exemplos dados foi precisamente o da escola Camilo Castelo Branco, em Vila Real, que tem escadas tanto no exterior como no interior do edifício, obstáculos que poderão impedir os alunos do 12º ano com deficiência motora de se candidatar ao ensino superior, pelo menos, neste estabelecimento.

Márcio Martins, aluno do curso de engenharia de reabilitação da UTAD, e também deficiente motor, sentiu na pele essas dificuldades, quando no ano passado se candidatou, numa outra localidade.

Sensível ao problema, este ano, o Núcleo visitou a escola Camilo Castelo Branco e constatou que a situação também se verifica e lançou um apelo aos Serviços de Acesso ao Ensino Superior, no sentido de se tentar minimizar esta situação que ocorre um pouco por todo o país.

O NAERA recomenda aos alunos com mobilidade reduzida que se inteirem das condições de acessibilidade das escolas onde se realizam as candidaturas, e que, caso não hajam condições mínimas, optem pela candidatura através da Internet.

Por: Sónia Domingues
Semanário Transmontano