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GAMNAA pede a Governo compra de «Súplica de D. Inês de Castro»

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GAMNAA pede a Governo compra de «Súplica de D. Inês de Castro»

O Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga pediu ao Ministério da Cultura que adquira a pintura «Súplica de D. Inês de Castro», de Francisco Vieira (1765-1805), que será vendido em hasta pública em Paris.

José Blanco, presidente do conselho director do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga (GAMNAA), revelou hoje à Agência Lusa que enviou uma carta ao ministro da Cultura dando conhecimento da venda, prevista para dia 25 de Junho, e manifestando apoio a «todos os esforços que o Governo português entenda» para adquirir a pintura.

O preço de licitação «poderá atingir 200 mil euros, quantia, aliás, que não parece excessiva para o valor intrínseco do quadro», sublinha o presidente da entidade na missiva enviada ao ministro José António Pinto Ribeiro.

«É uma pintura fundamental de um grande pintor português», salientou o responsável, acrescentando que a obra de Francisco Vieira de Matos - de seu nome artístico Vieira Portuense - possui um «interesse extraordinário para o património nacional» do país.

osé Blanco defende que o quadro deve ser recuperado e integrado no acervo do Museu Nacional de Arte Antiga, que já detém algumas obras do artista, nomeadamente o óleo sobre tela «Leda e o Cisne» (1798) e «Retrato de Desconhecido», sem data.

«Súplica de D. Inês de Castro» foi executado para o Palácio da Ajuda e o seu rasto perdeu-se desde 1807, altura em que foi levado para o Brasil pela Corte Portuguesa, tendo permanecido no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, até à proclamação da república no país, regressando à Europa, como sucedeu a muitas peças de arte da família real.

O reaparecimento do quadro em Paris, para ser vendido em hasta pública por Pierre Bergé & Associés, «coincide com as comemorações em curso do bicentenário da partida da Família Real para o Brasil, nas quais se têm empenhado os governos português e brasileiro», salienta José Blanco na missiva à tutela.

Nascido no Porto, em 1765, Francisco Vieira de Matos escolheu como nome artístico Vieira Portuense, estudou em Lisboa e em Roma, e foi um dos introdutores do neoclassicismo na pintura portuguesa.

Adoeceu com tuberculose e mudou-se para a Madeira, onde morreu com apenas 39 anos.


Diário Digital / Lusa
 
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