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Apordoc/10 anos: Internacionalizar documentário português

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Apordoc/10 anos: Internacionalizar documentário português

O documentário português teve uma evolução «muito positiva» na última década, com uma maior presença nas salas comerciais e na televisão, mas «continua a não ser muito internacionalizado», considera o realizador Sérgio Tréfaut.

Membro da direcção da Associação pelo Documentário (Apordoc), que este ano cumpre dez anos de existência, o realizador fez à Agência Lusa um balanço da criação do documentário cinematográfico em Portugal.

«Antes de 1995 a produção de documentário era insignificante no país porque não existiam apoios oficiais», recordou, acrescentando que, quando surgiram os concursos de apoio a este género de cinema, promovidos pelo então IPACA (Instituto Português de Arte Cinematográfica e Audiovisual), a situação sofreu uma grande mudança.

Desde então, ao longo dos últimos dez anos, «o documentário foi conquistando o seu espaço nas salas de cinema, fortaleceu-se a relação com a televisão, as faculdades começaram a criar cursos nesta área, e o financimento institucional aumentou».

Sérgio Tréfaut, que nem sempre esteve na direcção da Apordoc mas é associado desde o início, considera que, actualmente, uma das grandes lutas da entidade é «levar o documentário português a eventos internacionais para os divulgar mais».

Formada em 1998, a APORDOC é um organismo sem fins lucrativos que tem como objectivo promover e divulgar a produção e distribuição de filmes documentários e estabelecer ligações com outras instituições nacionais e estrangeiras.

Outra das «lutas» da associação é o combate à «subavaliação» que as televisões fazem do público relativamente ao documentário: «O público está mais aberto a ver documentário na televisão do que se imagina», e, a comprová-lo, na opinião do responsável, estão os números crescentes de espectadores no Festival Internacional de Cinema Documental - Doclisboa.

Em 2004, o Doclisboa teve 13.500 espectadores e na última edição, em 2007, registou 32.650 entradas.Daí que a Apordoc tenha feito recentemente à RTP uma proposta para apresentar duas séries de documentários para o grande público.

«As televisões dizem que apresentam habitualmente documentários, mas são programas com alguma informação sobre animais ou outros temas. Há uma grande diferença em relação ao documentário que tem um investimento intelectual, que não é claramente de consumo descartável», comentou.

Para Sérgio Tréfaut, realizador do documentário «Lisboetas» (2004), premiado na primeira edição do Indielisboa, este tipo de documentário deveria ter mais espaço nas televisões, «seguido ou não de debate».

«O documentário faz parte do património cultural de um país», salientou o realizador, acrescentando que o Festival Doclisboa «é uma oportunidade de ver algo muito rico de pensamento proveniente de todo o mundo».

Além do Doclisboa, a Apordoc organiza ainda o Lisbon Docs, fórum para co-financiamento de documentários, o Doc´s Kingdom, seminário internacional sobre cinema documental, a Panorama - Mostra do Documentário Português, e tem uma revista bilingue sobre documentário (docs.pt).





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