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30 de Junho de 2008, 22:28
Lisboa, 30 Jun (Lusa) - O Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo vai distribuir gratuitamente, até ao final do ano, uma brochura com conselhos que os cidadãos devem seguir com vista à protecção individual.
"São conselhos importantes, não para as pessoas ficarem em pânico e não saírem de casa mas para que possam fazer a sua vida normalmente, tendo certos cuidados", revelou José Manuel Anes, vice-presidente do Observatório, à agência Lusa.
Falando após a assembleia-geral do Observatório, o responsável acrescentou que "hoje em dia, até por instinto, os cidadãos já não têm a mesma atitude tranquila, por exemplo, à noite já não andam por lugares que não sejam devidamente vigiados ou iluminados".
Entre outros conselhos, o pequeno livro vai indicar "precauções a tomar no caminho entre casa e o automóvel, na maneira como se entra para a viatura, onde se deve imediatamente trancar as portas" e também sobre as habitações, nomeadamente "a segurança das janelas", acrescentou José Manuel Anes.
Segundo o vice-presidente do Observatório, Portugal regista "um bom nível d segurança relativamente a outros países da Europa mas o aumento e a transformação da criminalidade é global", sendo necessárias cautelas para "se viver livre e feliz num clima de segurança".
Antes do lançamento da brochura, que deverá ser distribuída com uma publicação jornalística de âmbito nacional, o Observatório vai divulgar os resultados de um relatório nacional sobre segurança.
O relatório, que será dado a conhecer ao público em Outubro, incluirá as conclusões de um inquérito levado a cabo em Portugal pela empresa Eurosondagem.
Esse inquérito revelou que "as pessoas têm mais confiança nas forças de segurança, apesar das limitações que estas apresentam, do que nos resultados dos tribunais", avançou José Manuel Anes à Lusa.
Na assembleia-geral do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, realizada hoje, foi aprovado por unanimidade o relatório e contas da direcção relativo a 2007/08 e prestada uma homenagem à memória de Carlos Barral, que foi, até à sua morte, presidente do Conselho Fiscal do Observatório.
Durante a reunião, a magistrada do Ministério Público Cândida Vilar foi eleita a nova presidente do Conselho Fiscal.
HSF.
Lusa