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Mongólia: Presidente decreta estado de emergência devido a contestação pós-eleitoral

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Internacional
Mongólia: Presidente decreta estado de emergência devido a contestação pós-eleitoral

Ulan Bator, 01 Jul (Lusa) - O presidente da Mongólia, Nambaryn Enkhbayar, decretou hoje, pelas 23:30 locais (15:30 GMT), o estado de emergência na capital do país durante quatro dias, devido à violência que eclodiu em Ulan Bator na sequência das eleições legislativas.

"Parem com a violência imediatamente. Se a violência não cessar, serei obrigado a tomar uma decisão firme", tinha já avisado o presidente, numa declaração transmitida pela cadeia de televisão nacional.

O decretar do estado de emergência tem lugar após protestos de manifestantes e o ataque à sede do partido político no poder, acusado de fraude nas eleições parlamentares do passado fim-de-semana.

O decreto que institui o estado de emergência autoriza a polícia a usar a força para lidar com os milhares de manifestantes que hoje atiraram pedras e pegaram fogo à sede do Partido Revolucionário do Povo Mongol (Mongolian People`s Revolutionary Party).

Todavia, apesar do recurso a gás lacrimogénio, a balas de borracha e a jactos de água, as autoridades não têm conseguido dispersar os manifestantes, tendo já ficado feridos mais de 50 agentes, bem como um jornalista japonês não identificado.

Entretanto, algumas pessoas começaram a roubar pinturas de galerias de arte e televisões de gabinetes governamentais, enquanto outras vandalizam automóveis estacionados na baixa da capital.

"A polícia usará a força necessária para controlar os criminosos que estão a pilhar propriedade privada e governamental", afirmou o ministro da Justiça e dos Negócios Estrangeiros, Munkhorgil, que é conhecido apenas por um nome (como a maioria dos mongóis).

A capital da Mongólia fica também submetida a um recolher obrigatório entre as 22:00 e as 08:00.

A alegada fraude envolve dois distritos em que, oficialmente, terá vencido o Partido Revolucionário do Povo Mongol mas cujos resultados são contestados pela força partidária Movimento Cívico.

Esta dúvida bastou para colocar em causa todo o acto eleitoral, com elementos do Partido Democrata Mongol a declararem que havia sido a sua força política a vencer as legislativas.

Segundo resultados preliminares, o Partido Revolucionário do Povo Mongol ganhou 46 lugares no parlamento, cabendo 26 ao Partido Democrata Mongol, um assento a um pequeno partido e outro a um candidato independente.

A atribuição dos dois lugares restantes no parlamento - que tem um total de 76 - ainda não foram atribuídos, devendo a Comissão Geral de Eleições divulgar os resultados finais do acto eleitoral até ao dia 10 deste mês.


RTP
 
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