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Bill Gates desliga-se da Microsoft

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Fev 4, 2008
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O criador do império Microsoft, Bill Gates, retira-se hoje da companhia que o converteu no homem mais rico do mundo num momento de incerteza para o gigante informático que vive tempos agitados.

A saída de Gates, que quis virar a página e dedicar-se aos seus projectos filantrópicos, foi anunciada há já dois anos num comunicado da empresa e simbolizará o fim da época dourada da Microsoft 33 anos depois da sua fundação.

"Estou a deixar algo, é um trabalho divertido, mas se sempre que houvesse um competidor interessante pensasse em ficar, então teria que morrer no trabalho", comentou o magnata da informática numa recente entrevista à revista norte-americana "Newsweek".

O fabricante do quase universal sistema operativo "Windows" e o omnipresente pacote do "Office" - "Word", "Excel", "Access" e "PowerPoint" - viu os seus competidores a ganharem-lhe terreno pouco a pouco enquanto enfrenta processos judiciais que o acusam de monopólio.

Tempos agitados para a Microsoft que desde 2000 se foi preparando para o adeus definitivo de Gates, que há oito anos foi substituído como presidente executivo por Steve Ballmer, seu amigo e braço direito, e passou a exercer tarefas de arquitecto chefe de software, assim como presidente do conselho de administração.

Gates vai apostar a partir de agora em levar por diante projectos humanitários que pôs em marcha através da Fundação Bill e Melinda Gates, instituição de benemerência dedicada à saúde e educação que recebeu em 2006 o Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.

"Terei quatro vezes mais tempo para rever estratégias sobre o que fazemos na educação, luta contra doenças, agricultura, micro-créditos e as aparições em público terão que ver na sua maior parte com a Fundação, assim como as minhas viagens serão para África e a Índia".

Ballmer e a directoria da Microsoft terão que fazer frente aos novos desafios da companhia que viu cair os lucros no último trimestre em 11 por cento e que perdeu a batalha pelo controlo do mercado de motores de busca da Internet face ao Google, especialmente depois do seu fracasso para adquirir Yahoo!. A hegemonia que a Microsoft alcançou com Gates, apesar de ainda muito sólida, começa a ver nuvens no horizonte.

As inumeráveis críticas recebidas pelo último sistema operativo, "Windows Vista", com problemas de compatibilidade com outros programas, não impediu que a sua comercialização tenha disparado e que já existam mais de 140 milhões de licenças em todo o mundo.

Muitos utilizadores e empresas continuam fiéis ao seu antecessor "Windows XP", que tem os dias contados, enquanto aumenta a popularidade dos sistemas operativos gratuitos como Linux ou cresce a quota de mercado dos dispositivos de Apple, competidor de Microsoft, que utiliza os seus próprios programas.

Atrás fica a época em que a Microsoft de Gates estava à frente da inovação informática - alguns aludem ao "Vistaster" ou ao "desastre do Vista"- enquanto surgem competidores fiáveis para o seu pacote de "Office" sem custos para o utilizador, como o "Open Office".

Esta empresa desenvolveu o sistema operativo MS-DOS, introduzido pela IBM nos seus computadores em 1981, e o posterior "Windows", presente na maioria dos computadores pessoais do mundo desde 1985.

Aos 52 anos, William Henry Gates, casado e pai de três filhos deixa a Microsoft quando é considerado o terceiro homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em 58 mil milhões de dólares, segundo a revista Forbes em 2008.

Enquanto isto, a Microsoft anunciou quinta-feira que vai adquirir a empresa portuguesa de tecnologias de computação e comunicações móveis, Mobicomp, e inclui-la num futuro centro de investigação e desenvolvimento orientado para esse sector que terá sede em Portugal.
 
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