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Sócrates diz que economia portuguesa vai passar por um abrandamento

C.S.I.

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02 de Julho de 2008, 22:33

Lisboa, 02 Jul (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que a economia portuguesa vai passar por um "abrandamento", este ano e em 2009, em consequência da conjuntura internacional mas recusou a perspectiva de uma crise que significasse uma "ruptura iminente".

A perspectiva de evolução da economia nacional foi avançada pelo chefe do Governo em entrevista à RTP, que durou cerca de uma hora e que foi dominada por questões económicas.

"A nossa economia vai passar por um abrandamento, como todas as europeias e dos Estados Unidos, mas o nosso dever é enfrentar com coragem, determinação e ânimo as dificuldades que vamos enfrentar este ano e no próximo", declarou, antes de rejeitar caracterizar o actual cenário da economia portuguesa como sendo de crise.

"Crise significa ruptura iminente. Acho que vamos antes passar por dificuldades sérias, atingindo todos os sectores da economia. Este ano cresceremos muito menos do que esperávamos", sustentou, antes de sublinhar também a seguinte ideia para sublinhar o carácter externo da actual crise:

"Em tudo o que dependia do Governo, houve bons resultados. Infelizmente, temos de fazer frente a esta conjuntura internacional que nos afecta", referiu.

Na entrevista, conduzida pelos jornalistas Judite de Sousa e José Alberto Carvalho, o primeiro-ministro sublinhou que a actual crise internacional apanhou todos os países de surpresa, em particular os das economias ocidentais, que não são produtores de petróleo.

"Estamos a viver um período difícil para a economia portuguesa e mesmo para países que eram considerados campeões do crescimento, como a Irlanda e Espanha, que estão a sofrer abrandamentos muito significativos, tal como nós", sustentou o primeiro-ministro.

Segundo a versão do primeiro-ministro, o actual choque petrolífero tem analogias com os dois anteriores mas tem também uma circunstância agravante.

"A este choque petrolífero juntou-se uma crise nos sistemas financeiros, que causou também uma subida nas taxas de juro", justificou, antes de recusar a ideia de que o Executivo tenha desvalorizado os primeiros sinais de dificuldades económicas.

"Em Janeiro e Fevereiro, os indicadores que o Governo tinha apontavam que o consumo e as exportações estavam a caminhar bem. O impacto do choque petrolífero deu-se fundamentalmente nos meses de Abril e de Maio - um choque muito concentrado e intenso", alegou.

Falando sobre a conjuntura económica que tem acompanhado a sua governação, Sócrates afirmou que o seu Executivo "venceu" a primeira, equilibrando as contas públicas, mas que agora "tem de enfrentar uma segunda crise, que ninguém esperava".

Como respostas para esta segunda crise, Sócrates procurou assegurar que "o ritmo reformista do seu Governo vai continuar", que o equilíbrio das contas públicas não será colocado em causa, mas que o Executivo "ajudará quem mais precisa" no actual quadro de dificuldades.

Interrogado se estava arrependido de ter baixado a taxa máxima do IVA em um ponto percentual, Sócrates respondeu negativamente, dizendo que essa descida terá efeitos benéficos para a economia portuguesa.

"Não me arrependo de ter descido o IVA. Pelo contrário, tenho orgulho nisso. São cerca de 200 milhões de euros que ficam na economia portuguesa", disse, depois de frisar que encontra agora "mais razões para descer o IVA do que há uns meses atrás".


PMF.

Lusa
 
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