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Betancourt: "Vou colar-me a eles como uma chiclete"

Mr.T @

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Fev 4, 2008
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Melanie e Lozenzo Betancourt já reencontraram a mãe. Em Bogotá, na Colômbia, o tempo parou num abraço, entre lágrimas, desejado há mais de seis anos, quando Ingrid Betancourt foi raptada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

"Tinha pressa de estar em França, tinha pressa de ter os meus filhos comigo”, disse Ingrid Betancourt, após as lágrimas, os beijos salgados e os abraços dos dois filhos. Seis anos e meio depois de ter sido raptada, a senadora franco-colombiana, libertada esta quinta-feira, reencontrou a família.

"Agradeço a Deus por este momento. São os meus meninos, o meu orgulho, a minha razão de viver, a minha luz, a minha lua, as minhas estrelas”, disse, emocionada e multiplicando-se, mãe-aranha, entre abraços, beijos e carinhos aos filhos, Melanie, 22 anos, e Lorenzo, 19. “Por eles lutei para sair da selva, para os voltar a ver”.

"Estou muito orgulhosa deles, que lutaram, sozinhos, uma batalha maravilhosa”, disse Ingrid Betancourt, abraçando os filhos, colada aos meninos que não via havia seis anos. Vestida de casaco preto sobre uma simples e quase espartana blusa branca, Ingrid disse estar a “viver um milagre”.

Agradecer a Chirac e Sarkozy

Ao comentar o “final feliz” do que considerou “uma história inacreditável”, Ingride Betancourt disse querer, agora, ir a França para “agradecer aos franceses e partilhar com eles este momento de alegria”. A viagem, no mesmo avião que lhe trouxe os mimos dos filhos, está marcada para esta sexta-feira. O Airbus A319 da presidência francesa é esperado em Paris, sexta-feira à tarde. Mas os agradecimentos já chegaram ao Eliseu.

“Quero encontrar-me com o presidente Nicolas Sarkozy e dizer-lhe que o admiro”, disse Ingrid Betancourt, sem esquecer um ex-inquilino do palácio da presidência francesa. "Quero abraçar o presidente Jacques Chirac e meu amigo de sempre Dominique de Villepin [ex-primeiro-ministro], que se bateu pelos reféns, por todos nós”, disse.

"Encontrá-los foi uma orgia de beijos"

Em declarações ainda na placa do aeroporto, após os beijos, abraços e lágrimas, Ingrid Betancourt foi, apenas mãe. Orgulhosa mãe. "Estão muito bonitos", disse, emocionada. "Vou colar-me a eles como uma chiclete. Não os vou largar mais", disse a ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

“Encontrá-los foi uma orgia de beijos”, que disse Ingrid Betancourt, que desceu do avião abraçada aos filhos, um debaixo de casa asa, depois de um reencontro, o mais íntimo possível dado o mediatismo da situação, com os filhos, a irmã Astrid e o ex-marido, ainda a bordo do avião.

Conta a reportagem da France Press, que viajou no Airbus A319 da presidência francesa, Mélanie, de 22 anos, ainda dentro do avião, sucumbiu à emoção e desfez-se em lágrimas. “Há seis anos e meio que aguardo este momento. Vou dizer-lhe que a amo”, antecipou o filho, Lorenzo. Palavras certas e ditas.

A pensar na libertação dos outros reféns

À tona, nunca à toa, num mar de jornalistas, Melanie e Lorenzo revezam-se nos braços da mãe, enquanto a imprensa mundial falava com um ou com o outro. Ambos agradeceram o trabalho do Exército colombiano e, no meio da "alegria indescritível" que diziam sentir, usaram de pose e discurso de Estado, à imagem da mãe e senadora. "É preciso continuar a trabalhar para libertar os outros reféns", disse Lorenzo, de 19 anos, que não via a mãe desde os 13.

"Agora que vivemos este momento de felicidade, queremos aproveitar e recuperar forças para prosseguir a luta pela libertação dos outros reféns " das FARC, disse Melanie, 22 anos, irmã mais velha de Lorenzo.

Os filhos de Ingrid Betancourt, acompanhados da tia, Astrid Betancourt, e pelo pai, Fabrice Delloye, ex-marido da senadora colombiana, viajaram a bordo do avião do presidente francês, Nikolas Sarkozy. A comitiva foi liderada pelo o ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Bernard Kouchner.

“A formidável força da famíla Betancourt vai contribuir para a libertação de todos os reféns”, disse Bernard Kouchner, que foi recebido em Bogotá pelo homólogo das relações externas da Colômbia, Fernando Araújo.
 
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