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Médico ajudou mulher saudável a matar-se

somaisum

GF Ouro
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Jun 8, 2007
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Cinco dos 16 estados alemães vão esta sexta-feira pressionar o Governo federal para que restrinja as leis que permitem o suicídio assistido, depois de um médico ter revelado como instruiu uma mulher saudável a matar-se. Bettina Schardt sabia que a combinação de drogas que ingeriu na sala de estar de sua casa em Würzburg, na semana passada, a iria matar, e ali morreu sozinha, diante de uma câmara de filmar.
Não foi um suicídio vulgar. Um médico alemão indicou-lhe a combinação exacta das drogas antimaláricas e tranquilizantes necessárias para se suicidar sem dor e instalou a câmara para a filmar.
O caso desencadeou uma tempestuosa controvérsia, não só pela maneira como o Dr. Roger Kusch divulgou o seu papel naquela morte, convocando uma conferência de imprensa onde divulgou alguns dos últimos momentos de Bettina, mas também pelas razões do suicídio.
Bettina, de 79 anos, não sofria de dores crónicas nem de doença terminal. Era saudável e apenas queria evitar ser internada num lar.
A iniciativa legislativa que será desencadeada por cinco dos 16 länder alemães para que sejam restringidas as leis que autorizam o suicídio assistido visa tornar ilegal que as empresas façam lucro ensinando as pessoas a suicidarem-se.
O suicídio não é ilegal na Alemanha, nem o suicídio assistido. No entanto, a morte misericordiosa e a eutanásia acarretam um forte estigma no país por causa dos programas eugénicos nazis que eliminaram mais de 70 mil deficientes mentais e físicos antes e durante a II Guerra Mundial.
Disse-lhe adeus e saí
Kusch, médico em Hamburgo e antigo senador estadual, indicou a Bettina a quantidade adequada de da droga antimalárica cloroquina e do tranquilizante diazepam para produzir a mistura fatal que a deixou inconsciente e em seguida lhe parou a respiração.
O médico não lhe administrou as drogas, pelo que não infringiu qualquer lei alemã.
Disse aos jornalistas, em Hamburgo, que instalou a câmara e deixou-a sozinha. «Disse-lhe adeus e saí», declarou Kusch. Mostrou também fragmentos do vídeo em que Bettina confirmou que estava a pôr voluntariamente termo à vida.
Num bilhete de despedida a Kusch, Bettina assegurava que tinha planeado a sua própria morte «sorridente e de forma sistemática».
«Se esta minha maneira de morrer o ajudar na sua luta, o objectivo da minha vida, conseguir a liberdade de morrer com dignidade, terá sido atingido», escreveu Bettina Schardt.



Fonte: diario.iol.pt
 
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