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Média das notas de Português é negativa

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GF Ouro
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A média de notas no exame de Português do 12º deste ano ficou abaixo dos 10 valores pela primeira vez em três anos, situando-se nos 9,7 valores face aos 10,8 de 2007.

Dos 60.281 alunos que este ano fizeram a prova de Português "chumbaram" 8 por cento (um acréscimo face aos 5 por cento verificados em 2007 e 2006).

A média de notas tem vindo a decrescer: dos 11,6 valores de 2006 passou-se para 10,8 valores no ano passado e para os 9,7 valores deste ano.

A taxa de reprovação a Português foi este ano superior à das provas de Matemática A e B, tradicionalmente as que mais complicam a vida aos alunos, que este ano foi de 7 por cento em ambos os exames.

De acordo com o Ministério da Educação, que, esta sexta-feira, divulgou os dados, o exame de Português "é o que abrange o maior número de alunos, sendo realizado pela quase totalidade dos que terminam o ensino secundário em cursos científico-humanísticos".

Dado o "descréscimo nos resultados", indica a tutela, "importa equacionar medidas de reforço do trabalho dos alunos nesta disciplina, designadamente estendendo ao Ensino Secundário as dinâmicas do Plano Nacional de Leitura".

Após a realização das provas, em finais de Junho, a Associação de Professores de Português (APP) apontou críticas à prova, considerando que o primeiro grupo da prova suscitou "algumas dúvidas", já que foi usada a terminologia linguística em revisão.

Por outro lado, o texto final do exame poderá ter levado os estudantes a falar de Padre António Vieira no tema de desenvolvimento, quando o autor não integra o programa do 12º ano.

Em comunicado, a associação considerou que "a prova está globalmente de acordo com o programa em vigor", mas apontou algumas notas, nomeadamente que o Grupo I "apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido", de "Os Lusíadas".

"Em relação ao II Grupo, existem algumas afirmações que poderão confundir o examinando sendo de referir a utilização de termos da TLEBS, que se encontra em reformulação, como por exemplo 'frase subordinada relativa' ou 'verbo auxiliar modal'", salientava a nota dos professores de português.

Quanto aos exames na área de Ciências, registou-se uma melhoria nos resultados da Física e Química A, que ainda assim registou uma taxa de "chumbos" de 22 por cento (a mais alta percentagem de reprovações em todos os exames) face aos 31 por cento de 2007 mas superior aos 21 por cento de 2006.

Os 31.760 alunos que fizeram esta prova obtiveram uma média de 9,3 valores (contra os 7,2 valores de 2007 e os 7,4 de 2006).

Quanto a Biologia e Geologia, dos 39.890 alunos que fizeram a prova chumbaram 8 por cento (uma melhoria face aos 12 por cento de 2007 e aos 9 por cento de 2006).

A média de Biologia e Geologia passou de 9,1 valores em 2007 para 10,5 valores este ano.

"Estas duas disciplinas - escreve o ME - são as que apresentam as mais elevadas correlações entre as classificações internas e externas (respectivamente 0,75 e 0,76)".

Numa apreciação geral aos exames, o ME indica que "os resultados da 1ª fase dos exames do Ensino Secundário revelam uma melhoria global, verificando-se o aumento do número de disciplinas com média positiva, a subida das médias e a diminuição das reprovações".

Nos 29 exames do secundário realizados este ano na primeira fase, os alunos obtiveram média acima dos 10 valores em 23 exames.

Ainda de acordo com a tutela, "registam-se oito disciplinas com reprovações acima dos 10 por cento, sendo a maior taxa de 22 por cento em Física e Química", uma melhoria face às "12 disciplinas [com taxas de reprovação superiores a 10 por cento] em 2007".

fonte:JN :right:
 

roberts

GF Ouro
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Positiva a Matemática e negativa a Português

Matemática subiu. Português desceu. O Ministério da Educação atribui os bons resultados ao redobrado esforço dos professores enquanto as associações de docentes das duas disciplinas não se manifestam surpreendidas com as notas.

Do ano passado para este, a média no exame de 12.º ano a Matemática A e dos alunos internos subiu de 10,6 (2007) para 14 valores; e a de Matemática B (dirigida para a área das Artes) de 8,6 para 13,1. A taxa de reprovações desceu, respectivamente, de 18 e 24% para 7%.

"Quando se trabalha os resultados aparecem. A imutabilidade dos resultados só se mantém se não se fizer nada", defendeu ontem o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) - entidade responsável pela execução das provas nacionais.

Para a tutela as melhorias são facilmente justificadas: o reforço do trabalho dos alunos e professores, o aumento da durabilidade da prova (mais 30 minutos), a adesão de quase todas as escolas às provas intermédias "e o sucesso do banco de itens". A página do GAVE que disponibiliza perguntas e exercícios de Matemática teve um milhão e 200 mil visitas, sublinhou Carlos Pinto Ferreira, num almoço com jornalistas antes da divulgação dos resultados das médias.

"O objectivo do exame é o de garantir que um aluno que estudou e saiba a matéria chegue lá e tenha um bom resultado", afirmou. Carlos Pinto Ferreira reprova "perguntas diabólicas", as provas devem ser equilibradas. "A minha orientação é que sejam sérias e sem minas e armadilhas", frisou, garantindo que nem Maria de Lurdes Rodrigues ou qualquer dos seus antecessores alguma vez interferiu na produção dos exames (ler caixa ao lado).

Já a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) argumenta que não sendo as provas para o Secundário construídas de forma a serem passíveis de comparação também não é possível aferir melhorias no sistema de ensino a partir da subida da média este ano.

"Não acreditamos em avanços tão espectaculares em tão pouco tempo. O Ministério está a dar um péssimo sinal aos alunos, dizendo-lhes que a melhoria das notas depende da forma como os exames são feitos e não do seu trabalho", sublinhou ao JN Nuno Crato.

A média a Português desceu de 11,3 para 10,4 valores. Consequentemente, a taxa de reprovações subiu de 5 para 8%. "Esta pequena quebra, que não é muito significativa mas suficiente para nos preocupar, leva-nos necessariamente a ter que equacionar algumas medidas de apoio e de reforço no ensino de Português no Secundário", reagiu ontem o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos. Uma das medidas poderá ser alargar ao Secundário as dinâmicas do Plano Nacional de Leitura.

A vice-presidente da Associação de Professores de Português não ficou "surpreendida com os resultados". A descida era até "expectável" , explicou Edviges Antunes Ferreira, já que "algumas questões" suscitaram "dúvidas" até a "muitos docentes" e os critérios de classificação do GAVE, por exemplo nas perguntas de escolha múltipla, "não era o mais aceitável".

Numa apreciação global as notas subiram. A média mais baixa foi a História com 9,2 valores, enquanto em 2007 foi a Física e Química 7,4, que este ano continua a liderar o top das reprovações com 22% (em 2007 houve 31% de chumbos). A média subiu para 9,6. A Biologia e Geologia as médias também subiram de 9,1 para 10,8.

JN
 
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