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Retomadas escavações arqueológicas nas minas de Tresminas

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Retomadas escavações arqueológicas nas minas de Tresminas

As escavações arqueológicas em Tresminas, um dos maiores complexos mineiros do Império Romano, situado em Vila Pouca de Aguiar, foram retomadas esta semana esperando-se «grandes revelações» até ao final de Agosto, disse o arqueólogo responsável.

O projecto de investigação «Complexo Mineiro de Tresminas», imóvel classificado como de Interesse Público em 1997 pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), teve início em 2007 e vai decorrer em cada Verão até 2010.

O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, afirma que as escavações representam mais um passo para a candidatura das minas romanas a património mundial da UNESCO, já que vão demonstrar a «importância do complexo a nível mundial».

Este ano os trabalhos contam com uma equipa de cerca de 20 pessoas e começaram na Veiga da Samardã, onde o arqueólogo Carlos Batata disse à Agência Lusa que foi construído um dos povoados destinado aos administradores ou capatazes do complexo mineiro.

Em 2007, neste local, foram descobertas moedas de cobre, mós, pilões, cerâmica fina, pesos de tear, candeias, inscrições romanas, peças de jogo ou cálculo e tégulas ou telhas típicas e também uma grande quantidade de cerâmica indígena.

O responsável referiu que na campanha deste ano vai ser alargado o perímetro de escavação nesta área e salientou que, mesmo no meio do povoado, foi também descoberta uma vala de transporte de água para as lavarias das minas.

Pela vala era transportada água a partir de duas barragens que estariam localizadas perto de Tinhela de Baixo para uma cisterna que abastecia o povoado e as lavarias onde se procedia ao esmagamento das pedras e posterior decantação ou separação dos detritos do ouro.

A técnica dos romanos para a extracção do ouro passava pelo esmagamento da pedra.

Carlos Batata adiantou ainda que as escavações deste ano vão tentar confirmar a existência de um «hipódromo romano», na zona do Alto dos Lagos, onde no ano passado foram identificou uns taludes «que cobrem uma grande área».

«Este achado poderá esconder muros de contenção, com um redondo típico das corridas de cavalos, que poderão pertencer a um hipódromo e que, se se vier a ser comprovado, indicará que estamos perante um achado muito importante», salientou.

Acrescentou que até ao momento foram identificados apenas mais dois hipódromos romanos no país.

A equipa de arqueólogos vai ainda efectuar sondagens nas zonas das cortas e pretende tornar visível todo o processo de lavagem e recolha do ouro.


Diário Digital / Lusa
 
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