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Rosário matou Natália com facadas no coração

Mr.T @

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O filho de oito anos assistiu àquilo. Viu o pai a discutir com a mãe, viu-o a irar-se, a levantar muito a voz, os braços muito rápidos. Estavam ao sol, no meio da rua. Viu-o a empurrá-la, a mexer-se muito à volta dela, a discutir numa aflição que não era de todo estranha.

O pai e mãe discutem, ele sabia, mas a força agora era mais bruta, o pai estava mais violento, parecia não ter cabeça. Ele viu o pavor da incompreensão: o pai levantou uma faca e espetou-a no coração da mãe.

Fugiu. Foi rua acima a chorar, da pequena Rua de Ermesinde, onde estava, até à Rua da Palmilheira, ali depois da curva do muro alto de pedra do colégio das freiras Maria Droste. Correu a tremer até casa, berrou pelos irmãos. Os vizinhos alvoroçaram-se. Muita gente saiu a acudir. Foi ontem, às 14.30 horas.

À primeira facada segui-se outra e outra e mais outra - transeuntes naquela rua secundária da cidade que dista 10 quilómetros do Porto relatam quatro golpes. "Foi com uma faca longa", a versão confere com a conversada nos vizinhos.

As facadas foram fatais: Maria Natália Bessa Teixeira, 49 anos, moradora em Ermesinde, morreu ontem, assassinada, presumivelmente, pelo ex-companheiro. O homicida confessou-se na rua. Muitos ouviram. Repetem: "Já a matei. Já a matei. Ela está morta".

Os bombeiros de Ermesinde foram os primeiros a chegar, 14.50 horas. A vítima, faca cravada no coração, sangue a escorrer para um bueiro a 20 metros, ainda está viva, mas em paragem cardio-respiratória. Não responde às manobras básicas de suporte de vida. Minutos depois, chega o INEM, seguindo-se a Divisão de Investigação Criminal da PSP e, por último, a PJ. Àquela hora juntaram-se dezenas. Muitos viram a morta no meio da rua.

Natália foi pronunciada cadáver, às 16 horas. Deixa sete filhos: cinco, maiores, de casamento anterior; mais dois, menores, fruto da relação com o homem que a matou, Rosário, cabo-verdiano, trolha, desempregado, morador na Senhora da Hora.

O homicida entregou-se. Depois das facadas, parou todos os carros que passavam, chamou toda a gente. Confessou-se, pediu a polícia. Mas, avisam os vizinhos, "antes, levou uma coça" - foi quando apareceram os enteados, trazidos pelo irmão de oito anos. Houve agressão, cabeças perdidas: Rosário não riposta; é maltratado, braço partido.

As quatro facadas foram directas ao coração. Crime de amor. "Ele era louco. Louco por ela. Ciúmes, ciúmes cegos, senhor", discorrem as vizinhas nas traseiras da casa, pátio pobre com pó, mais de dez ali sentadas no chão e no choque. "Ele não aceitava que ela fosse de outro homem. Sim, estavam separados, já há um ano; viveram juntos uns dez. Mas ele não aceitava. Era louco por ela, senhor. Não a largava, vinha todos os dias. E ela era uma jóia, valente, grande mãe, lutadora".

Rosário foi conduzido ao posto da PSP de Ermesinde. Depois foi levado, em ambulância, com escolta policial, para o Hospital de S. João, no Porto. Após trato ao braço mutilado, o presumível homicida foi enviado para os calabouços da PJ, onde passou a noite. Hoje,será presente ao juiz. É provável que fique em prisão preventiva - o caso configura no perigo de alarme social localizado perante a hipótese de soltura. O caso, configurado como homicídio qualificado, com hipótese de premeditação, conforma numa moldura penal que vai dos 12 aos 25 anos de prisão, conforme outras circunstâncias ainda por apurar pela PJ.

JN
 

Mr.T @

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Prisão preventiva para alegado homicida

O Tribunal de Valongo decretou hoje a prisão preventiva para um homem suspeito de matar a ex-mulher por ciúme, terça-feira, em Ermesinde, disse fonte judicial
Segundo relatos policiais, o agressor esfaqueou a ex-mulher, de 48 anos, por quatro vezes, uma delas no pescoço e as outras no peito.

Caso seja considerado homicídio qualificado, o detido arrisca-se a uma pena de prisão de 12 a 25 anos de prisão.

SOL
 
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