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Fumo dos incêndios faz tão mal como fumar muito durante muitos anos

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Fev 4, 2008
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Um quinto dos bombeiros, com uma média de idades de 33 anos, apresenta lesões nas vias respiratórias semelhantes aos grandes fumadores com mais de 40 anos, danos atribuídos à exposição ao fumo, apurou um rastreio inédito.

A conclusão resulta do "estudo sobre a saúde do bombeiro português e impacto respiratório desta actividade", uma iniciativa da Associação Chama Saúde, que tem como principal dinamizadora a pneumologista Cecília Longo.

Os resultados deste estudo serão divulgados na próxima quarta-feira, mas Cecília Longo adiantou à Lusa que os mesmos são "preocupantes".

De um universo de 357 bombeiros que foram rastreados, através de um questionário, da realização de exames complementares e análises à função respiratória, cerca de um quinto (18 por cento) deve à exposição ao fumo o mau estado das vias respiratórias.

Estes profissionais -- com uma média de idade de 33 anos -- apresentam as vias semelhantes aos grandes fumadores, com mais de 40 anos.

O fumo deixa mais marcas nos bombeiros, principalmente a sua exposição repetitiva que leva a uma reactividade dos brônquios e consequente inflamação, o que é meio caminho para doenças como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou a asma.

Entre os sintomas que estes profissionais acusam apresenta-se está a dificuldade em respirar, de que se queixam 8,4 por cento.

O estudo apurou que a tosse, a falta de ar, pieira e as dores no peito são sintomas comuns a mais de 20 por cento dos bombeiros.

A exposição ao fumo é mais grave no caso dos bombeiros fumadores, que assim duplicam os riscos.

A investigação apurou que quase metade da população estudada (47 por cento) era fumadora e 26 por cento ex-fumadora.

Cecília Longo considera que a percentagem de ex-fumadores demonstra que é possível intervir para modificar o hábito [do fumo] nestes profissionais.

A falta de vestuário protector (32,9 por cento) e de uma adequada protecção respiratória, praticamente inexistente no combate aos fogos florestais, são outras conclusões que os profissionais irão levar em conta.

Para Cecília Longo, estes são dados que revelam a necessidade de um investimento na saúde desta população, preocupação que parece ter encontrado eco junto da Direcção-Geral da Saúde (DGS) que já tomou conhecimento do estudo e vai lançar um folheto com informações sobre este temam cuja apresentação decorre igualmente na quarta-feira.



JN
 
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