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Gravidez planeada faz baixar mortalidade

roberts

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Set 23, 2007
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África e o sul da Ásia são regiões em que a vida de milhões de mulheres e crianças são postas em causa devido a gravidezes precoces, não programadas e sem assistência. As Nações Unidas lembram o drama esta sexta-feira.

A falta de planeamento familiar e de acesso a meios contraceptivos, sobretudo nos países em desenvolvimento, é causa de elevadas mortalidades entre mulheres e crianças, induz maior pobreza e fará passar a população mundial dos actuais 7,7 para os 9,2 mil milhões a meio deste século. O alerta é lançado pelas Nações Unidas, na data em que se assinala, desde há quatro décadas, o Dia Mundial da População.

No relatório sobre a situação global, a ONU chama a atenção para o facto de as gravidezes não planeadas constituirem o factor de crescimento da população mais susceptível de ser controlado. E isto porque mais de 200 milhões de mulheres dos países em desenvolvimento gostariam de poder retardar a maternidade e decidir o número de filhos. Não só essa população feminina deixaria de ser sacrificada na saúde e no seu tempo de vida (175 mil morrem em cada ano por causas relacionadas com a gravidez). O aumento do intervalo entre partos evitaria também a morte de 1,8 milhões de crianças com idade inferior a cinco anos. Defende o documento da ONU que um número menor de filhos nos países em desenvolvimento ajudaria à existência de crianças mais saudáveis e aliviaria o fardo económico das famílias, ajudando ao acesso à educação para quebrar o ciclo da pobreza.

Na sua mensagem a propósito desta data, o secretário-geral da ONU lembra que a taxa de mortalidade das mulheres por parto continua a ser o indicador mais forte da disparidade entre ricos e pobres, numa comparação entre países e dentro destes. Ban Ki-Moon chamou a atenção para a necessidade de as nações cumprirem os compromissos saídos da Conferência do Cairo, segundo os quais seria reconhecido o direito aos indivíduos e famílias de decidir com responsabilidade o número e espaçamento dos seus filhos. Tal acesso, lembrou, deve ser garantido através de informação, educação e meios práticos para controlo da natalidade.

A realidade dos países industrializados, refere o relatório da ONU, mostra que é possível reduzir drasticamente as mortes por gravidez ou parto. Basta atentar no seguinte: 99% dos casos de óbito por essa causa ocorrem nos países em desenvolvimento. A falta de apoio ao controlo da natalidade traduz-se também num outro flagelo: entre dez a 15 milhões de mulheres sofrem em cada ano complicações devido à gravidez ou partos sucessivos e que deixam sequelas de saúde para toda a vida. As complicações assumem uma frequência para o dobro quando as grávidas têm entre 15 a 20 anos. Abaixo dos 15 anos, as raparigas têm cinco vezes mais probabilidades de morrerem durante o parto. Todos os anos morrem cinco milhões de jovens devido a abortos praticados em condições insalubres.

Entre os apelos lançados pela ONU aos governos dos países está a criação de aconselhamento acessível que faça adiar a primeira gravidez e que promovam serviços pré-natais e neo-natais. O Banco Mundial reforça esta posição e lamenta que muitos governantes dos países pobres e os seus doadores tenham deixado cair programas de saúde reprodutiva. Cerca de 25 milhões de gravidezes nesses países devem-se a uso incorrecto de contraceptivos.

JN
 
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