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Quinze ilegais morrem ao largo da costa espanhola

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Fev 4, 2008
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Pela segunda vez numa semana, uma embarcação com imigrantes clandestinos oriunda do Norte de África foi detectada pelas autoridades espanholas. A bordo seguiam 33 pessoas que estavam à deriva há sete dias, tendo contado como foram lançados ao mar os corpos dos companheiros mortos
Nove crianças com idades entre os 12 meses e os quatro anos encontram-se entre as vítimas de mais uma tragédia ao largo das costas espanholas. A lancha que os pais pensavam ir tornar realidade o sonho do eldorado, acabou por tornar-se num pesadelo, à medida que os menores e outros cinco imigrantes ilegais africanos iam morrendo e os seus corpos eram lançados ao Mediterrâneo. Quando as autoridades espanholas detectaram a embarcação, havia ainda uma mulher morta no meio dos clandestinos, que estariam à deriva há sete dias, sem água nem comida.

"Onde está o meu filho?", gritava uma das mães que sobreviveu à travessia desde o norte de África e que ontem de madrugada foi levada para Almeria, Andaluzia'. A maioria dos 33 sobreviventes nem conseguia aguentar-se nas pernas, nem articular uma palavra, e muitas das mulheres não se lembravam do que tinha acontecido, em choque, tendo até esquecido o facto de que tinham sido mães, segundo os relatos feitos pelos media espanhóis.

"Vinham muito mal. Algumas começaram a dar-se conta de que os seus bebés não estavam com elas", relatou o coordenador da Cruz Vermelha de Almería, Fran Vicente, segundo o El Mundo ainda a tremer com toda a situação.

Entre os sobreviventes há 13 mulheres - três estavam grávidas, mas uma acabaria por sofrer um aborto - e apenas um bebé, com menos de um ano de idade. O menino está internado no hospital de Torrecárdenas em estado muito grave, pois apresentava, à chegada, graves queimaduras de pele, febre elevada e problemas de respiração. Outras três pessoas estão entre a vida e a morte.

Os clandestinos, oriundos da Nigéria, Gâmbia, Quénia, Camarões e Senegal, estão a receber apoio psicológico. A embarcação em que seguiam, com pouco mais de seis metros de comprimento, terá partido de Alhucemas, em Marrocos, há cinco ou sete dias (consoante as fontes).

Na quarta-feira à tarde, as autoridades espanholas receberam um alerta de que a patera (como são conhecidos estes barcos em Espanha) se encontrava "em situação difícil". Aparentemente, estavam à deriva há vários dias, após uma avaria no único motor. Mas só ao início da noite foi possível conhecer a posição exacta , graças à tripulação do veleiro Telefónica Negro, que enviou as coordenadas precisas.

Este foi o segundo drama do género em menos de uma semana. Na segunda-feira, as autoridades espanholas resgataram das águas 23 imigrantes ilegais nigerianos, que tinham partido de Marrocos no domingo. A mesma sorte não tiveram outros 14 clandestinos - nove homens, quatro mulheres e um bebé - que morreram afogados quando a forte ondulação virou a lancha em que todos seguiam, a quase 100 km de Motril, Granada.

A embarcação, de seis metros de comprimento e um motor de 25 cavalos de potência, tinha sido avistada por um barco de pescadores, que forneceu as coordenadas às autoridades. Por volta das 03.00 da manhã, a lancha de salvamento marítimo chegou ao local mas, quando se preparava para lançar o cabo e prender a embarcação com os 37 ilegais, esta virou-se.

Até ao início da tarde de terça-feira as autoridades efectuaram buscas na zona, mas acabaram por desistir, sem qualquer esperança de encontrar mais pessoas com vida. Cinco clandestinos receberam entretanto tratamento hospital, sendo que apenas uma mulher, grávida, continuava internada.|Com agências

DN
 
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