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Alive: noite fria e concerto morno de Bob Dylan

roberts

GF Ouro
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Set 23, 2007
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A diversidade foi mais uma vez um dos pontos em destaque, e uma mais-valia, do festival Optimus Alive!08. O segundo dia recebeu vários tipos de público, desde os fãs góticos de Within Temptation até aos cinquentões (e alguns sexagenários) que não quiseram perder o regresso do «senhor» Bob Dylan a palcos portugueses. Os amantes da música electrónica e de dança também marcaram presença no Passeio Marítimo de Algés, atraídos pelos Buraka Som Sistema e pelos DJs da Ed Banger Records.

No palco principal, os Kumpania Algazarra deitaram os primeiros foguetes deste segundo dia de festa por volta das 17h00. Pouco depois ficava-se a saber que os franceses Nouvelle Vague estavam impedidos de actuar no festival. O voo Paris-Lisboa ficou em terra e quem ganhou com isso foram os fãs dos John Butler Trio, uma vez que a banda alongou o seu espectáculo por mais 40 minutos.

O músico australiano conquistou a atenção do público que já se encontrava no recinto pelas 19h00, altura em que era claro que o festival iria receber menos pessoas do que no primeiro dia. Ainda assim, as mais de 25 mil pessoas não podem ser consideradas um número baixo.

Já depois do cair da noite, foi a vez do palco principal receber uma das maiores atracções de todo o festival, Bob Dylan. O cantautor norte-americano, com estatuto de lenda viva da música contemporânea, não permitiu a captação de imagens fotográficas e as filmagens exibidas nos ecrãs gigantes nunca mostraram planos aproximados de Dylan.

O peso dos 67 anos é inevitável e Bob Dylan mal se mexeu do posto assumido por detrás do teclado. Quem esperava uma actuação festiva saiu desapontado; o tom mais do que sóbrio do concerto aqueceu poucos numa noite fria à beira-rio. O aclamado disco «Modern Times», de 2006, recebeu especial atenção, mas foi o clássico «Like A Rolling Stone», a fechar duas horas de música, que despertou maiores emoções na plateia.

Bem diferente foi a actuação dos holandeses Within Temptation que, mesmo com menos fãs, reestabeleceram a corrente eléctrica do festival. Na véspera do seu 34º aniversário, a vocalista Sharon den Adel recebeu presentes dos fãs e liderou a sua banda em êxitos como «What Have You Done» e «Stand My Ground».

O final ficou reservado aos Buraka Som Sistema, que com a ajuda de Pacman dos Da Weasel, da brasileira Deize Tigrona e dos Pupilos do Kuduro, transformaram a frente do palco do Alive numa mega-pista de dança.

Metro On Stage pouco concorrido

É caso para dizer que França invadiu o Metro On Stage no Optimus Alive! esta sexta-feira. O segundo dia foi dedicado à música de dança e o french touch substitui os concertos de palco.

Mas como não há bela sem senão, depois de uma quinta-feira plena, o palco mais pequeno do Passeio Marítimo de Algés pareceu demasiado grande em alguns momentos. Ao início da tarde, pouco mais de 20 pessoas ouviram o set de Vicarious Bliss.

O cancelamento de um voo não obrigou apenas os Nouvelle Vague a anular o concerto desta sexta-feira. No mesmo avião deviam ter rumado a Lisboa Mr Flash e Uffie, que também não sairam de Paris. Por isso mesmo, tal como no palco principal, houve alteração nos alinhamentos.

Eram oito da noite quando So Me assumiu os comandos e daí para a frente houve festa. Busy P, Boys Noise, DJ Feadz, DJ Mehdi e DJ Sebastian alternaram «os dedos nos discos». Para as 03h30 da manhã estava marcado um All Star de «Ed Banger», a label de todos os DJ convidados, mas os «amigos» escolheram a sua própria ordem.

Na mesa de misturas e «na pista», que se foi aprumando sem nunca deitar por fora, os sons foram rodando sem parar. No momento mais quente, após Bob Dylan no palco principal, chegaram a estar três mil pessoas, mas daí não passou.

Todavia, o que faltou em número foi compensado pela energia. Num ambiente quase familiar, durante as actuações, público e músicos trocaram «danças», «prendas», «assessórios» e «conversas».

IOL
 
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