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Argentina: Polícias condenados a prisão perpétua pelo "Massacre de Fátima"

sabata

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Ago 20, 2007
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Um tribunal argentino condenou sexta-feira a prisão perpétua dois antigos chefes da Polícia pelo fuzilamento de 30 detidos cujos cadáveres foram dinamitados durante a última ditadura militar(1976-1983).

Um terceiro acusado, o comissário reformado Miguel Angel Trimarchi, foi absolvido e saiu em liberdade, decisão imediatamente repudiada por membros de organizações de direitos humanos que presenciaram a leitura da sentença.

Na origem dos incidentes, o Tribunal Oral Federal Número Cinco de Buenos Aires ordenou a evacuação da sala onde decorreu o julgamento, em que declararam 70 testemunhas.

O tribunal condenou os oficiais na reserva Juan Carlos Lapuyole e Carlos Gallone por "privação ilegal da liberdade agravada por seu carácter de funcionário público" e 30 casos de "homicídio qualificado com aleivosia".

As vítimas do denominado "Massacre de Fátima", perpetrado em 1976, eram vinte homens e dez mulheres que permaneciam detidos ilegalmente numa dependência da força de segurança em Buenos Aires e posteriormente transferidos para um descampado da localidade de Fátima, a 60 quilómetros da capital argentina.

Os detidos foram drogados para serem levados manietados e com os olhos vendados para esse lugar, onde cada um foi executado com uma bala na cabeça após o que os assassinos fizeram explodir cargas de dinamite sobre os cadáveres para não deixar rasto.

O procurador Federico Delgado qualificou estes factos como de "lesa humanidade" e, por isso, imprescritíveis.

No caso do comissário Trimarchi, a decisão do tribunal de absolvê-lo foi contrária aos pedidos da Procuradoria que tinha reclamado penas de prisão perpétua para os três acusados.

TM.

Lusa
 
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