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Procurador do TPI tenta prender Omar al-Bachir

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Darfur. Cartum ameaça parar processo de paz
O procurador do Tribunal Penal internacional (TPI), Luís Moreno-Ocampo, vai pedir um mandato de detenção contra o Presidente sudanês, Omar al-Bechir, por crimes de guerra e genocídio cometido no Darfur. A notícia adiantada por vários jornais, nomeadamente Le Monde, Guardian e Washington Post, foi confirmada ontem pelo porta-voz do Departamento de Estado (a diplomacia americana), Sean McCormack.

Na quinta-feira, Moreno-Ocampo revelou que tencionava apresentar na segunda-feira seguinte (depois de amanhã) aos juízes do TPI novas provas de crimes cometidos nos últimos anos contra civis do Darfur.

A ser aceite um mandato de detenção, será a primeira vez que um chefe de Estado emexercício é acusado de genocídio, mas a decisão do painel de juízes sobre o pedido de Moreno-Ocampo poderá ainda demorar algum tempo.

As autoridades sudanesas dizem que a iniciativa poria em causa o processo de paz no Darfur. Esta reacção surgiu pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros sudanês, Al-Samani al-Wasila. "Se houver uma decisão relativa ao Presidente Bechir, isso pode destruir o processo de paz", disse o ministro, citado pela AFP. "Nessa situação [de emissão de um mandato], o Sudão jamais voltará a cooperar com o TPI", acrescentou o membro do governo, que não é do mesmo partido que o Presidente.

Fontes da ONU, citadas pelo Washington Post, concordam pelo menos em parte com os sudaneses e dizem temer que uma eventual iniciativa do TPI possa por em causa o processo de paz no Darfur. Segundo as mesmas fontes, poderia haver retaliação militar por parte dos sudaneses contra soldados das forças de paz da ONU e da União Africana (UA). Os Estados Unidos já fizeram um aviso contra esta eventualidade.

Na terça-feira, uma emboscada por uma força não identificada, contra forças da ONU e UA, fez sete mortos e 22 feridos. O Sudão acusou rebeldes do Darfur de terem atacado os soldados estrangeiros, mas um alto responsável da ONU, Jean-Marie Guéhenno, disse ontem em Nova Iorque que o ataque fora "bem preparado" e ocorrera numa zona controlada pelo Governo sudanês. O equipamento, disse o diplomata, "não é habitualmente utilizado pelos rebeldes".

O conflito no Darfur dura desde 2003 e já provocou a morte a 300 mil pessoas, além de 2 milhões de refugiados.

dn
 
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