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Vendedores do Mercado de Loulé aprendem inglês para comunicar com turistas

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Fev 4, 2008
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carne, pão e legumes do Mercado de Loulé, no Algarve, passou a ser mais erudito depois de 100 horas de formação com "rôle plays" (teatro) e "listenings" (audição).

Expressões lançadas aos turistas como "sardines a five iuros" (sardinhas a cinco euros) passaram à história.

"Can i help you?" (Posso ajudá-la), ou "What do you need?" (O que deseja?) ou "What else?" (Que mais?) fazem parte do novo vocabulário das peixeiras, padeiras e vendedoras de fruta e legumes num dos mercados de frescos mais emblemáticos do Algarve, que assinala este ano o seu centenário com uma escultura em bronze dedicado aos vendedores.

A professora de inglês, Rita Precatado, perguntou à turma, só de mulheres, "May i clean de board?" (Posso apagar o quadro). Em uníssono, as comerciantes responderam: "yes" (sim), um indicador de que o nível de inglês estava no ponto para diálogos mais elaborados.

Passada a vergonha inicial, duas a duas, as formandas, com idades compreendidas entre os 18 e os 70 anos, deslocaram-se ao quadro de ardósia para interpretar o papel de compradora e vendedora.

Diálogos onde prima a etiqueta e boa educação, a atenção para com o cliente, o pormenor, nada foi deixado ao acaso e as saudações de bons dias e de despedidas são a "cereja em cima do bolo" na formação, onde as vendedoras se sentem melhor preparadas para lidar com os turistas estrangeiros.

"Acho que o curso me ajudou muito. É um grande empurrão. Sinto-me mais à vontade porque entendo o que eles [turistas] dizem", adiantou Fernanda Campos, do sector da panificação, 48 anos, referindo que as bases de inglês que têm a vão ajudar no seu negócio, porque "gosta de ajudar".

Se num sábado de mercado tiver 100 clientes, 40 por cento são turistas ingleses, alemães ou holandeses e é preciso saber falar inglês, justifica a comerciante, enquanto procura "numa sopa de letras" - exercício dado pela docente - os verbos regulares e irregulares no tempo verbal pretérito perfeito.

Na "lesson number thirty-one" (lição número 31), a peixeira Rogéria Martins, 50 anos, explicou que o que mais gostou na formação foram os "role plays" para pôr em prática o vocabulário e a gramática que aprendeu, contudo a sua companheira de carteira, Lurdes Martins, 49 anos, reconhece que aprendeu "pouco": "É pena que a cabeça não desse mais".

Talvez por ser exigente, ou humilde, a vendedora de licores tradicionais algarvios, Dorida Guerreiro, 62 anos, também é da opinião que a "cabeça já está usada" para aprender o idioma inglês, contudo afiança que gostou da experiência e a prová-lo está o facto de ter pedido a folha de inscrição para o ano se candidatar ao curso de informática ou aperfeiçoamento de inglês.

Saber dizer em inglês a direcção de um restaurante típico de peixe grelhado ou sugerir um museu da cidade são outras competências adquiridas pelas formandas através de diálogos informais exercitados na aula.

O curso de inglês termina na próxima quinta-feira, mas a aventura de falar inglês no local de trabalho arranca este Verão.

A autarquia de Loulé acredita que esta acção, integrada no Programa "Novas Oportunidades", vai ajudar a "fazer um melhor atendimento junto dos clientes estrangeiros, tendo em conta que são muitos os turistas que diariamente visitam o Mercado, um dos principais ex-libris da cidade".

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