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Imagem de Amália difamada?

xicca

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Imagem de Amália difamada?


Ainda vai na quinta semana de rodagem e já está a causar polémica. Falamos de "Amália", o "biopic" sobre a vida da grande cantora, produzido pela Valentim de Carvalho Filmes e com realização de Carlos Coelho da Silva, o qual deverá estrear-se ainda este ano. A família da artista teve acesso ao guião e não gostou. Por isso, pela voz do advogado, Guevel Branco, acusa o filme de ser "difamatório, falso e perigosamente atentatório da imagem de Amália", bem como dos seus parentes e amigos.

Sem querer adiantar pormenores sobre as cenas, o advogado dos familiares da artista alega que a fita apresenta a imagem de Amália como uma pessoa com tendências suicidas, supersticiosa, cheia de medo e "com um tipo de relacionamentos falsos com amigos seus". Segundo a mesma fonte, a família surge como "muito provinciana" - e em sua opinião, o filme mostra "as pessoas da província, daquele tempo como muito pobrezinhas e atrasadinhas, quando estas, na época, saíam do campo para a cidade em busca de melhores condições de vida". Por outro lado, a irmã de Amália, Celeste Rodrigues - também fadista -, aparece "sempre em competição" com a biografada, uma relação, que, de acordo com os familiares, nada tem a ver com a verdade. Para o advogado, mesmo numa obra como um filme, "não se pode colar a uma pessoa uma vida que ela não teve!".

Guevel Branco adianta: "Notificámos os produtores" no sentido de não prosseguirem com o filme desta forma. Uma notificação que não tem outro efeito jurídico para além de implicar "que estes assumam as suas responsabilidades". Um aviso.

Por seu lado, o produtor executivo do filme, Manuel S. Fonseca confirma que "tomámos conhecimento" da notificação. E sublinha: "Da parte da VC filmes temos toda a abertura para o diálogo com quem queira e entenda falar connosco, como os familiares de Amália". Recusando a procura de "sensacionalismo", o produtor aponta para a "dimensão nacional deste projecto, que envolve várias entidades representadas no Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual (FICA)". O fundo, dedicado ao investimento na produção de obras deste âmbito, tem a comparticipação de entidades como a PT e as três cadeias de televisão nacionais, RTP, SIC e TVI.

De acordo com Manuel S. Fonseca "estas entidades conhecem a seriedade do projecto. É a homenagem que faltava a Amália. Trata-se de uma obra que valoriza o património artístico de uma das maiores figuras do século XX português nas artes do espectáculo. É esse tipo de filme que queremos fazer, para toda a família, dos 6 aos 80 anos". Lembrando que o projecto foi apresentado na última edição do Festival de Cinema de Cannes, o produtor afirma que a VC Filmes recebeu propostas para a entrada da fita em circuitos comerciais, dos EUA à França.

Com Sandra Barata Belo a protagonizar Amália, a acção do filme tem início em Nova Iorque, no ano de 1984: Amália está prestes a suicidar-se, olhando do alto da varanda da sua "suite". Nesse momento ela revê a sua história, de sucesso à escala global, mas também de desencontros e tensões emocionais. Como se lê na sinopse divulgada na página da Internet da VC Filmes (ver link), a vida da cantora é relatada entre 1954 e 1984.

"Quisemos, sobretudo, mostrar Amália, naquilo em que o percurso artístico acompanha o pessoal, com as suas vicissitudes, como sucede com as grandes personalidades", defende Manuel S. Fonseca.

Aguardam-se novos capítulos desta história.

Fonte: Expresso
 
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