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Automóveis autónomos: Carros já andam sozinhos

xicca

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Automóveis autónomos: Carros já andam sozinhos


"Senhor automóvel, é para o Parque das Nações, se faz favor!". Já não falta muito para que até aqueles que não têm motorista possam viajar de carro sem ter de se sentar ao volante. Na América do Norte, a tecnologia tem vindo a dar passos largos que permitam a emancipação dos automóveis por conta própria.

Os veículos de teste recorrem a uma mistura de tecnologias convencionais, como câmaras de vídeo, GPS e computadores, e conseguem circular totalmente autónomos, em condições idênticas às encontradas nas estradas, reagindo à sinalização, a veículos em sentidos diferentes e a uma série de obstáculos urbanos. "As mudanças que estamos a implementar vão alterar o modo como as pessoas conduzem e utilizam os seus veículos", diz Larry Burns, vice-presidente do sector de Pesquisa, Desenvolvimento e Planeamento Estratégico da General Motors Corporation (GM). "Imaginem ser conduzido por um motorista virtual enquanto lê os seus e-mails, toma o pequeno-almoço ou vê as notícias. O projecto que estamos a desenvolver com a Carnegie Mellon é um grande passo para tornar estas situações em realidade", acrescenta.

A GM, que agora assinou uma parceria com a universidade norte-americana de Carnegie Mellon (também presente em Portugal), é uma das marcas que está a levar mais a sério a autonomia total dos veículos motorizados. Com esse objectivo, criou o GM-Carnegie Mellon Autonomous Driving Collaborative Research Lab que está a ser implementado por um período de cinco anos, num acordo que envolve cerca de cinco milhões de dólares. O objectivo é influenciar a forma como os condutores e os veículos vão interagir no futuro, através das novas tecnologias, electrónica e software. No ano passado, a GM e a Carnegie Mellon foram os vencedores do DARPA Challenge, promovido pela Agência de Projectos Avançados de Defesa norte-americana numa antiga base militar da Califórnia (veja vídeo no fim do texto).

O carro vencedor, um Chevrolet Tahoe apelidado de "Boss", percorreu os 96 quilómetros da prova urbana, que tinha de ser completada em menos de 6 horas, à média de 22,53 kms/h, obedecendo a todas as regras de tráfego e reagindo aos outros veículos em prova. O feito valeu-lhe um prémio de 2 milhões de dólares.

Em segundo lugar ficou a equipa da Universidade de Stanford, com um Volkswagen Passat e em terceiro a Universidade da Virginia, com um Ford Escape híbrido. "Os robots por vezes surpreendem o mundo, inspiram muitas pessoas e alteram as crenças daquilo que é possível fazer", afirma William Whittaker, professor de robótica na Universidade Carnegie Mellon e chefe da equipa vencedora. "Vemos que de vez em quando a percepção do que é possível se altera e que isso não volta atrás. Isto é algo fenomenal para a robótica", acrescenta.

A universidade americana foi uma das pioneiras em navegação autónoma, desde o anúncio, em 1984 dos veículos NavLab, mas em 20 anos, muita coisa mudou: melhorou a capacidade de resolução de algoritmos através de processadores centrais mais rápidos e eficazes, que cruzam volumes de informação elevados, o posicionamento GPS, as referências visuais das câmaras de vídeo e os radares. Ao analisar estes dados, os automóveis são ainda forçados a tomar decisões, como ultrapassar em segurança veículos mais lentos que sigam na frente, ou imobilizar-se em caso de um outro veículo se cruzar no seu caminho.

A primeira vez que um carro se conduziu sozinho foi em 1994. O VaMP, um Mercedes 500 SEL alterado por uma equipa da Universidade de Bundeswehr, em Munique, circulou cerca de 160 quilómetros sem intervenção humana a velocidades próximas dos 130 kms/h - ainda que numa autoestrada - mudando de faixas e ultrapassando outros carros. O projecto, chamado Eureka Prometheus, foi financiado pela União Europeia, com o único objectivo de desenvolver automóveis "inteligentes".

Já no caso americano, o objectivo é afinal bem diferente. O projecto, financiado pelo Ministério da Defesa, pretende que até 2015 as Forças Armadas dominem tecnologia que permita que até um terço dos veículos de combate circulem sozinhos. "Qualquer tarefa aborrecida, suja ou perigosa que possa ser feita por uma máquina em vez de um humano protege os nossos combatentes e permite que valiosos recursos humanos sejam utilizados mais eficazmente", pode ler-se na Lei pública 106-398 do Congresso norte-americano, que aprovou o financiamento do DARPA Challenge.



Fonte: Expresso
12.07.08
 

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Ja me estou a imaginar a ir para a universidade a tomar o pequeno almoço com os pés em cima do tablier..

que estaleca :naodiga:
 
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