• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Saldos de Verão arrancam terça-feira, com prateleiras esvaziadas pelas promoções

xicca

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Abr 10, 2008
Mensagens
3,080
Gostos Recebidos
1
Comércio: Saldos de Verão arrancam terça-feira, com prateleiras esvaziadas pelas promoções


A época de saldos de Verão arranca terça-feira em Portugal, com o pequeno comércio sem capacidade para atrair o consumidor, perante o excesso de oferta "a preços baixos" que já esvaziou as prateleiras das grandes marcas com promoções desde meados de Junho.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), José António Silva, explicou que cada vez mais as grandes cadeias desenvolvem durante todo o ano promoções para pressionar as vendas, o que acaba por retirar o impacto que a época de saldos tinha no passado.

O objectivo dos saldos sempre foi atrair, por um lado, os consumidores a comprar mais barato e, por outro, limpar restos de colecção e 'stocks', no entanto, de acordo com José António Silva este conceito está a deixar de fazer sentido, porque cada vez as estações são menos rígidas, o que leva as empresas a estarem permanentemente a pensar em novas promoções para escoar as suas colecções.

"As grandes marcas têm entregas diárias ou semanais, com promoções durante todo o ano e o consumidor já se habitou a esta dinâmica", referiu o responsável, lamentando contudo que esta situação prejudique o pequeno comércio.

"As lojas mais pequenas não têm capacidade de comunicação, meios ou condições financeiras para concorrer com as promoções das grandes cadeias e, nesta altura, vêm-se a braços com o problema de excesso de oferta e retracção no consumo, que têm tido um grande impacto nas vendas", comentou José António Silva.

O Governo alterou em Abril do ano passado a lei para os saldos, estabelecendo que estes passam a realizar-se unicamente de 28 de Dezembro a 28 de Fevereiro (em vez de 7 de Janeiro e 28 de Fevereiro), e de 15 de Julho a 15 de Setembro (em vez de 7 de Agosto a 30 de Setembro).

Ficou igualmente definido que os saldos só podem ocorrer em fim de estação e com a finalidade de "escoamento acelerado das existências".

Além de antecipar e prolongar os períodos de saldos, a actual lei actualizou as multas e proibiu a utilização, durante as vendas, com reduções de preço, de outros termos que não sejam "saldos", "promoção", ou "liquidação".

Esta mudança, segundo o presidente da CCP, não está, no entanto, a ter qualquer efeito prático, porque as lojas continuam a recorrer às promoções de antecipação da época oficial de saldos.

"São técnicas de marketing que não violam a lei e, por isso, podem ser utilizadas", disse José António Silva, referindo que qualquer limitação que se faça será sempre pouco eficaz para evitar o fenómeno da antecipação dos saldos.

A orientação do Governo deveria ser no sentido do ordenamento comercial para dar equilíbrio ao mercado, defendeu o responsável.

"Temos um país com reduzida dimensão, com menor poder de compra e uma grande oferta. É um contra-senso. É necessário que o Governo ajuste as necessidades de oferta à procura com recurso ao ordenamento comercial e não continuar a licenciar tudo o que aparece", disse.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Associação Portuguesa dos Centros Comerciais (APCC), Pedro Teixeira, comentou ser "natural" que as promoções das lojas durante toda a época do ano tenham "desvirtuado" o conceito de saldos, mas as expectativas para o arranque da época oficial "são as melhores".

A APCC tem 96 centros comerciais associados, entre os quais os grandes operadores Chamartin (Grupo Amorim), Multidevelopment, Mundicenter e Sonae Sierra.

Para Pedro Teixeira, no clima generalizado de crise em que se encontra Portugal e que afecta sobretudo uma classe média que está a perder poder de compra progressivamente, a época de promoções e saldos é um bom recurso para comprar produtos com preços "mais acessiveis" ao seu bolso.

Sobre a legislação em vigor, o responsável referiu que a legislação tem ainda "muito pouco tempo" para se poder fazer uma avaliação.

Questionada sobre este assunto, fonte da administração da cadeia portuguesa de lojas de calçado Foreva (do grupo Kyaia) considerou que a nova lei de saldos, com antecipação de datas, fez com que muitos consumidores "esperem" pelos saldos para efectuarem as suas compras, pois o tempo de uso dos produtos comprados na estação é mais longo.

"Se a isto associarmos a quebra de poder de compra sentida em Portugal, as variações climatéricas recentes, em que as estações começam e acabam mais tarde, esta espera é ainda mais sentida", defendeu Ana Gomes.

Por outro lado, na opinião da administradora, a realidade mostra que "a marcação de datas para saldos é teoria".

"Cada vez mais existem marcas no mercado que reduzem preços de venda muito antes das datas oficiais de saldos, com campanhas de redução de preços baptizadas com muitos nomes. Esta actuação, empurra outras marcas a adoptarem estes procedimentos, caso contrário perdem poder concorrencial, globalizando-se este procedimento", concluiu.



Fonte: Expresso
12.07.08
 

Mr.T @

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Fev 4, 2008
Mensagens
3,493
Gostos Recebidos
0
"Saldos de Verão arrancam terça-feira, com prateleiras esvaziadas pelas promoções " quando o pão também já entrou em promoção

Até no pao há descontos :naodigas: :naodigas:
 
Topo