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José Sócrates saúda virar dos olhos da Europa para o Sul

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Fev 4, 2008
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O primeiro-ministro José Sócrates saudou o lançamento da União para o Mediterrâneo, hoje em Paris, considerando que se concretizou um redireccionamento do olhar da Europa para o «flanco Sul», defendido por Portugal e fundamental para a paz.
«Nós sempre defendemos a atribuição de uma nova prioridade ao flanco Sul, por razões de investimento na nossa própria segurança, por razões de cooperação, e como contribuição para o Mundo, porque o diálogo entre a Europa e o mundo islâmico é absolutamente fundamental para um mundo de paz», declarou.

José Sócrates, um dos cerca de 40 chefes de Estado e de Governo que participou hoje em Paris na Cimeira inaugural da União para o Mediterrâneo, comentou que «desde sempre Portugal defendeu na agenda de política externa da União Europeia um virar de olhos para o Sul e um reforço da aposta política no flanco Sul do Mediterrâneo», considerando que «de certa forma esta Cimeira é uma resposta a essa necessidade».

«Aqueles que, como eu, acham que um dos problemas do Mundo é o relançamento do diálogo entre o Ocidente e o Mundo islâmico não podem deixar de atribuir a esta nova agenda mais ambiciosa e mais à altura dos tempos, que esta cimeira inaugura, uma importância absolutamente extraordinária», disse.

O chefe de Governo afirmou que «a agenda das relações externas europeia não podia ficar, como ficou durante muito tempo, apenas confinada ao Leste, ao alargamento», e agora «a Europa toma bem consciência da necessidade que existe no Mundo e na responsabilidade europeia em relançar o diálogo político entre o Mundo Islâmico e o Mundo Ocidental».

«E não há melhor forma de contribuirmos para esse diálogo do que relançarmos, com mais ambição, aquilo que era o Processo de Barcelona», disse, acrescentando que hoje foi dado um grande passo nesse sentido.

«Julgo que a primeira grande resposta ao nível do diálogo de civilizações, a aposta na relação entre o mundo ocidental e o mundo islâmico, está aqui nesta Cimeira, na concretização desta Cimeira», afirmou.

Relativamente ao Processo de Barcelona, lançado pela UE em 1995, Sócrates reafirmou a sua convicção de que a nova União para o Mediterrâneo «aposta numa agenda mais ambiciosa, mais concreta, adequada aos desafios do século XXI», e centrada na cooperação, segurança e, acima de tudo, na paz, «o valor político mais importante presente nesta Cimeira».

José Sócrates, que comparecerá num jantar oferecido hoje em Paris aos chefes de Estado e de Governo da nova União para o Mediterrâneo - uma das grandes iniciativas da presidência francesa da UE -, vai permanecer na capital francesa até segunda-feira, para assistir ao desfile militar comemorativo do Dia Nacional de França.

A ideia da União para o Mediterrâneo - lançada por Sarkozy há mais de um ano - é dar um novo impulso ao Processo de Barcelona, lançado pela UE em 1995 com o objectivo de criar uma zona de estabilidade, prosperidade e segurança em toda a região.

A União para o Mediterrâneo terá uma co-presidência com a duração de dois anos, repartida entre um país do norte e outro do sul. Depois de França-Egipto, a União para o Mediterrâneo deverá ser presidida por Espanha e Chipre, sendo necessário ainda esperar por uma clarificação do Tratado de Lisboa.

O secretariado-geral terá cerca de vinte elementos, representativos dos países do norte e do sul e a escolha da sede, que tem Barcelona, Malta, Marrocos e Tunes como candidatas, será decidida em Novembro, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos membros da União para o Mediterrâneo.

Lusa/SOL
 
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