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Especialistas defendem investimento em supercomputação

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Fev 4, 2008
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Dois responsáveis da Universidade de Coimbra (UC) defenderam esta segunda-feira que Portugal terá de fazer um grande investimento concentrado para que possa criar um centro de supercomputação nacional, que responda às actuais necessidades dos investigadores, noticia a Lusa.

A ideia foi lançada à margem de um curso de supercomputação avançada, que começou esta segunda-feira em Coimbra, onde está a ser dado a conhecer o maior supercomputador do mundo para fins civis, o «Ranger», instalado no Texas Advanced Computer Center - TAAC (Centro de Computação Avançada do Texas), nos EUA.

Um computador sentimental

«Portugal é um país de dimensão relativamente pequena para se dar ao luxo de fazer investimentos dispersos na área da supercomputação», disse à Lusa Manuel Fiolhais, director do Centro de Física Computacional da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Manuel Fiolhais sustenta que os meios de que os cientistas portugueses dispõem actualmente nesta área, «claramente, não satisfazem» as suas necessidades.

«Milipeia» aquém das necessidades

Na FCTUC funciona o supercomputador mais potente de Portugal, o «Milipeia», mas, por vezes, já não responde às capacidades que os investigadores procuram, sublinhou.

«Há a tradição de darmos pouco dinheiro a muitas pessoas, porque assim ninguém fica chateado, mas para criarmos uma coisa em grande escala tem de haver um investimento concentrado», afirmou, por sua vez, Pedro Vieira Alberto, coordenador do «Milipeia».

O responsável considera que Portugal precisa de um sistema mais potente para que possa estar «bem representado» na superstrutura europeia de computação que irá ser criada.

A supercomputação é considerada «crucial para o desenvolvimento da Ciência e até da Economia» dos países e é uma área em que Portugal está a dar os primeiros passos, afirmou Pedro Vieira Alberto.

Cientistas portugueses conhecem «Ranger»

Até sexta-feira, cerca de 30 investigadores portugueses estão ligados ao «Ranger» e aprendem com o director do TAAC, John Boisseau, as capacidades daquele supercomputador para o desenvolvimento da ciência computacional.

200 mil anos de trabalho

A origem do Universo, a propagação de terramotos ou o ADN são alguns dos «fenómenos» que o «Ranger» poderá explicar.

Apresentado em Março, o «Ranger» é actualmente utilizado por cerca de 800 investigadores, que têm assim possibilidade de «resolver problemas complexos de forma mais rápida», disse hoje à Lusa John Boisseau.

O supercomputador do TAAC consegue um desempenho de 504 teraflops, o equivalente a 500 trilhões de operações numéricas por segundo, esperando-se que nos quatro anos de vida possa realizar mais de 200 mil anos de trabalho computacional.

Na prática, o «Ranger» é uma sala com 600 metros quadrados, onde estão instalados cerca de 16 mil processadores, que permitem simular vários fenómenos naturais e científicos, sem necessidade de estar em campo.

HB
 
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