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Tomar - “Máquina do Tempo” quer reconciliar Convento de Cristo

C.S.I.

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15 Jul 2008, 07:58h
Portal pretende divulgar o património aos mais novos

Foi apresentado no dia 2 de Julho o projecto “Máquina do Tempo”, uma parceria entre a Escola Básica 2/3 Nuno Álvares Pereira, Instituto Politécnico de Tomar (IPT), Câmara Municipal de Tomar e IGESPAR – Convento de Cristo. O portal, concebido pelo Gabinete de Informática do IPT, recorre a imagens a 360.º, ainda não está alojado num domínio mas encontra-se disponível na página de testes em (falta confirmar) e destina-se a crianças e jovens entre os 8 e 16 anos.

Esta era uma ideia que já há dois anos estava na cabeça de Eduardo Mendes, 50 anos, que lecciona História há 23 na Escola Básica 2/3 Nuno Álvares Pereira, em Tomar. O professor reuniu, durante dois anos, conteúdos informativos e didácticos, procedendo ainda à recolha de milhares de registos fotográficos. O projecto pretende substituir livros de história muitas vezes vistos como maçadores pelos alunos. O objectivo passa não só pela possibilidade dos miúdos poderem viajar no tempo, através do site, mas poderem, no futuro, tirar rentabilidade económica do facto de viverem numa cidade com um monumento que é Património Mundial da Humanidade.

“Vejo a Europa toda a ganhar dinheiro a “vender os Templários” e o que noto aqui em Tomar é pessoas a queixarem-se que o Convento não dá dinheiro aos tomarenses”, aponta Eduardo Mendes. Um projecto que, para o autor, pode vir a ser rentável, a longo prazo. “Estamos a falar de formar uma geração de gente informada não só para produzir mas também para gerir. Quando se aperceberem do valor que ali têm, podem rentabilizar esse facto”, aponta, convicto.

Para o professor, actualmente “a cidade está divorciada do Convento” e é por causa disso que Tomar não tira partido económico das 150 mil pessoas que visitam o monumento por ano. “Se calhar é mais fácil os alunos de Tomar fazerem uma visita a um determinado património fora de Tomar do que irem lá acima”, critica.

O projecto “Máquina do Tempo” incide ainda na vertente do vestuário de época (guarda-roupa Sam Levy) que foi restaurado para este projecto. O espólio veio de Itália e foi doado à Câmara de Tomar nos anos 50. A ideia é possibilitar aos alunos dos 4.º e 6.º anos das escolas que vistam trajes a preceito quando visitarem o Convento. Algo que só vai ser possível depois do professor dinamizador da turma organizar, durante o ano lectivo, três iniciativas que incidam sobre a cidade, o castelo e o convento.

Mais do que os elogios recebidos, após a apresentação pública da ideia que ocorreu a 2 de Julho na Biblioteca Municipal de Tomar, Eduardo Mendes salienta que a maior recompensa que pode ganhar com o projecto que idealizou é “pôr miúdos a gostar de história”.


O MIRANTE
 
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