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Cientistas de Harvard (EUA) e do Instituto de Medicina Molecular (IMM), Lisboa, identificaram um gene que é essencial para activar as células que nos defendem contra os agentes infecciosos.
O estudo, publicado quinta-feira na versão on-line da revista "Science", foi realizado na Harvard Medical School (Boston, EUA), em colaboração com o IMM, e tem como co-autores os investigadores portugueses Luís Ferreira Moita e Rui Freitas.
O trabalho utilizou uma tecnologia inovadora que permite estudar o genoma humano em larga escala.
O método permitiu analisar todo o genoma humano e estudar os factores envolvidos no "splicing alternativo", um mecanismo de regulação da expressão genética que permite gerar diferentes proteínas a partir de um mesmo gene.
Desta forma foi possível chegar-se a uma colecção de genes que estão envolvidos neste 'splicing alternativo' e estudar a possível função deles na activação do sistema imunitário, ou seja, na resposta do nosso organismo a doenças como o cancro, a sida, a tuberculose e a malária.
Entre esta colecção de genes foi identificado um gene essencial ao processo de activação das células do sistema imunitário, que origina uma proteína chamada hnRNP LL.
Os investigadores verificaram que a proteína hnRNP LL é um regulador crítico do "splicing" de outro gene (chamado CD45), que contribui para a activação de células do sistema imunitário, especialmente dos linfócitos T, células brancas do sangue que fazem parte do "exército" de defesa do organismo.
O estudo levanta também a possibilidade de a proteína hnRNP LL regular ainda o "splicing" da maioria dos genes envolvidos na activação dos linfócitos T e B.
Este método permite compreender melhor o funcionamento do sistema imunitário, podendo conduzir à descoberta de novas estratégias de combate às infecções ou a doenças auto-imunes, como o lúpus ou artrite reumatóide.
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