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CIP: Nuclear visa reduzir poluição e não substituir renováveis

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CIP: Nuclear visa reduzir poluição e não substituir renováveis

O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) afirmou hoje que a opção pela energia nuclear «é apenas uma contribuição para a redução» da poluição atmosférica e não se destina a substituir a produção a partir de fontes renováveis.

Em declarações à agência Lusa, Francisco Van Zeller destacou que a construção de uma central nuclear em Portugal permitiria apenas a substituição de «uma terça parte dos cerca de 30 a 40 por cento que o carvão representa no consumo energético nacional, que é de cerca de 12 mil milhões de megawatts».

Defensor da introdução da energia nuclear em Portugal, o presidente da confederação que há dois anos relançou o debate sobre essa opção sublinhou que não se trata de substituir a produção a partir de fontes renováveis, como a eólica ou a hidríca, cuja aposta «deve ser mantida».

«O nuclear pode é substituir parcialmente a produção de energia de base, que tem actualmente duas fontes quase exclusivas em Portugal, a importação e o carvão» , sustentou o presidente da CIP.

Para aquele responsável, são as preocupações ambientais que mais justificam esta opção, até porque «ainda estamos a muitos anos de distância da tecnologia adequada para o sequestro do carbono» emitido para a atmosfera.

«Condenar o mundo inteiro à asfixia é muito pior que os eventuais riscos» que a energia nuclear coloca, defendeu. Mesmo em relação ao «gravíssimo problema de segurança que se coloca actualmente às centrais nucleares e que é a da utilização terrorista».

«Mesmo assim, o balanço está a ser mais favorável à utilização da energia nuclear», considerou. De outro modo, não se explicaria o alastramento da opção, com cerca de 230 projectos ou centrais nucleares em construção, no mundo inteiro, para juntar às 437 existentes e em funcionamento.

Por outro lado, Francisco Van Zeller considera que a opção em Portugal pela construção de uma central nuclear deveria ser feita em cojunto com Espanha, apesar do objectivo do governo de José Luis Zapatero ser o de redução da dependência do nuclear.

«Espanha foi o país que mais se afastou dos objectivos assumidos em Quioto, pelo que vai acabar por 'cair na real', mais tarde ou mais cedo», sustentou o responsável.

Nessa ocasião, Portugal deve propor um investimento conjunto, porque Espanha já tem essa tecnologia e o 'know how«.

Até porque, segundo Van Zeller, »tudo teria que ser importado«, desde a totalidade do equipamento, ao pessoal e às técnicas e mesmo ao urânio transformado. »Mesmo as reservas portuguesas do minério, não duram para sempre«, adverte Van Zeller.

Apesar das dificuldades, o líder da indústria portuguesa mostra-se convicto da necessidade de introdução da nuclear no 'mix' da produção nacional.


Diário Digital / Lusa
 
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