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Vicri, marca portuguesa de roupa masculina, investe 100 mil euros em loja na China

xicca

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A Vicri, que produz e vende roupa masculina de confecção inteiramente portuguesa, abriu a sua primeira loja na China, apostando 100.000 euros no competitivo mercado chinês, afirmou hoje à agência Lusa o administrador da empresa.


A Vicri, que produz e vende roupa masculina de confecção inteiramente portuguesa, abriu a sua primeira loja na China, apostando 100.000 euros no competitivo mercado chinês, afirmou hoje à agência Lusa o administrador da empresa.

Com uma recepção e jantar para cerca de 40 convidados, entre os quais empresários chineses e representantes das autoridades locais, a marca portuguesa inaugurou esta semana o seu primeiro espaço na galeria comercial do Wenzhou International Hotel, na cidade de Wenzhou, província de Zheijian, no sudeste do país.

O espaço é sóbrio e requintado em contraste com a originalidade das cores e o design de fatos e gravatas, roupa interior e sapatos com uma etiqueta que nem todos os consumidores chineses podem pagar para ter.

"Foi um investimento de 100.000 euros numa componente de "look total" e nada foi deixado ao acaso", afirmou em entrevista à agência Lusa Gaspar Coutinho, administrador da empresa, garantindo que a Vicri quis garantir que este é um primeiro passo bem dado na China.

O objectivo de negócio é "ultrapassar a barreira dos 100 clientes no primeiro ano", disse à Lusa João Paulo Archer, director-geral da empresa.

A Vicri oferece vestuário masculino de luxo para um público de elevado poder de compra e quer distinguir-se na China pelo fabrico, distribuição e comercialização no ponto de venda e pelo serviço pós-venda.

"O know -how internacional de mais de 20 anos com presença em algumas das principais capitais do mundo, a diferenciação do produto através da qualidade de tecidos e do design, da confecção totalmente nacional e do critério de selecção nos pontos de venda" são as vantagens competitivas da marca, disse Archer.

"Somos selectivos e utilizamos os materiais mais nobres na produção, todos os nossos produtos são de confecção portuguesa e fomos muito exigentes quanto à qualidade do espaço da loja", referiu o administrador.

Uma camisa da Vicri custa cerca de 110 euros na Europa, mas na China a mesma camisa é vendida por cerca de 200 euros.

"Tivemos que aumentar todos os preços para nos posicionarmos na China de acordo com os produtos de alta qualidade que vendemos", justificou Gaspar Coutinho.

Ambos os responsáveis da Vicri garantem que "a cultura e a comunicação" foram as principais barreiras à entrada no mercado chinês.

"Apesar de existir iniciativa privada, a esfera pública é que toma decisões na China", explicou Coutinho, assinalando a importância de conseguir o apoio das autoridades locais e de instituições como os bancos, que no caso da Vicri também influenciou a localização da loja.

"Wenzhou tem sete milhões de habitantes, cresce nove por cento por trimestre e as autoridades locais foram muito receptivas à nossa proposta", explicou Coutinho, justificando a escolha de Wenzhou em detrimento de cidades como Pequim ou Xangai.

Segundo o administrador, a selecção de uma pessoa que fale chinês e que fique responsável pelo acompanhamento do processo negocial na China é fundamental.

"Como poucas pessoas falam inglês na China, é preciso encontrar uma pessoa chinesa de confiança para ajudar na negociação. Além disso é difícil trazer alguém de Portugal para trabalhar aqui, porque a China é um país duro para se viver, do ponto de vista cultural e comunicacional", acrescentou.

A Vicri enfrentou dificuldades e a abertura da primeira loja foi o culminar de um processo de persistência e de viagens à China que levou quatro anos desde a primeira incursão ao mercado até à escolha do local para abrir a primeira loja, que o grupo quer que seja "a nossa imagem para o futuro na China".

Segundo o administrador, o esforço está a valer a pena porque "fizemos duas vendas quando a loja ainda estava desarrumada e de porta fechada. Estamos agora a vender mais do que aquilo que esperávamos".

A Vicri já está a ponderar aberturas em Hangzhou, Xangai, Pequim, Hong Kong e Macau.

Depois da presença em lojas de referência em cidades como Londres, Paris, Milão, Nova Iorque, Madrid, Barcelona, Dubai e Seúl, a marca portuguesa vai continuar a sua aposta no mercado asiático.

"Por motivos estratégicos a administração decidiu concentrar esforços em três mercados prioritários: China, Rússia e Japão, por razões de grande crescimento na procura do mercado de luxo em vestuário de homem", concluiu Archer.



Fonte: Expresso
17.07.08
 
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