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Buracos negros microscópicos não vão destruir a Terra, garantem físicos

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Aceleradores de partículas criando buracos negros capazes de devorar a Terra. Parece mais um script de algum sucesso de bilheteria de Hollywood. De fato, de acordo com o físico Steve Giddings, é pura ficção.

Giddings é um dos autores de um artigo intitulado Implicações Astrofísicas de Hipotéticos Buracos Negros Estáveis em Escala TeV, que foi aceito para publicação em uma das próximas edições do periódico científico Physical Review D.

Buracos negros microscópicos

O artigo, ao longo de suas 96 páginas, relata os estudos sobre o risco de buracos negros microscópicos que possivelmente poderiam ser produzidos pelo maior colisor de partículas do mundo, o LHC (Large Hadron Collider), que está em fase final de montagem na Europa.

O artigo científico, com a co-autoria de Michelangelo Mangano, do CERN, onde está sendo construído o LHC, investiga o hipotético comportamento de minúsculos buracos negros que poderiam ser criados pelas colisões de alta energia no novo e gigantesco acelerador de partículas.

Natureza produz buracos negros microscópicos o tempo todo

Se eventualmente chegarem a surgir, esses buracos negros iriam durar por "cerca de um nano-nano-nanossegundo," diz Gidding, acrescentando que eles não deverão produzir qualquer efeito ou conseqüência. Entretanto, o artigo analisa se haveria qualquer efeito em larga escala na situação extremamente hipotética na qual esses buracos negros não evaporem.

O estudo de Giddings e Mangano conclui que esses buracos negros microscópicos não seriam perigosos. De fato, acrescentam eles, a natureza está continuamente criando colisões como as que acontecerão no interior do LHC, quando os raios cósmicos de altíssima energia colidem com a atmosfera da Terra, com o Sol e com outros objetos como as anãs brancas e as estrelas de nêutrons.

Se tais colisões representassem um perigo, as conseqüências desses eventos astronômicos para a Terra já teriam se tornado evidentes, dizem os cientistas.

Segurança do planeta


"A saúde futura do nosso planeta e a segurança da sua população são de suprema consideração para todos nós," diz Giddings. "Já haviam sido expostos vários argumentos físicos muito fortes sobre a não-existência de riscos oferecidos pelo micro buracos negros, e nós demos argumentos adicionais eliminando os riscos mesmo sob as mais bizarras hipóteses."

O LHC, situado na fronteira entre a Suíça e a França, deverá entrar em operação dentro de algumas semanas. Nele, feixes de prótons irão colidir em níveis de energia nunca antes produzidos em um acelerador de partículas.

Novas dimensões do espaço

Os efeitos dessas colisões serão estudados em busca de informações sobre novas forças da natureza e, possivelmente, de dimensões extras do espaço. A primeira colisão desses feixes deverá acontecer em Setembro. O projeto custou US$8 bilhões e levou 14 anos para ficar pronto.

Dois físicos entraram com uma ação no Havaí em uma tentativa de parar o LHC em razão de suas preocupações sobre a segurança dos buracos negros. O estudo de Giddings e seu colega agora está sendo citado pelo CERN como uma evidência da segurança do LHC.


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