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Mata do Bussaco vai ter gestão de “interesse público”

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Universidade de Aveiro apresentou Plano de Ordenamento da Mata do Bussaco ao secretário
«Um Estado que se preze não pode ter uma mata nacional assim. O Estado precisa de dar uma boa nota de si. Temos de fazer bem, rápido, e pôr este património à disposição das pessoas», referiu, ontem, o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas aos técnicos da Universidade de Aveiro, responsáveis pelo Plano de Ordenamento e Gestão da mata nacional do Bussaco.
Plano de ordenamento e gestão da mata do Bussaco que foi apresentado a Ascenso Simões pelo arquitecto Nuno Lecoq, da Universidade de Aveiro, e pelo director regional da Direcção-Geral dos Recursos das Florestas, António Gravato.
O governante inteirou-se de todos os pormenores que visam a requalificação de todo aquele espaço e dos projectos de arquitectura das infra-estruturas e da gestão da fauna e flora da mata, a cargo da Universidade de Aveiro, e não se coibiu de considerar «lamentável» que se esteja a trabalhar neste plano de ordenamento «há cinco anos» e tudo esteja, praticamente, na mesma.
«Temos de ser mais rápidos. Temos condições para pôr este plano no terreno e executá-lo rapidamente», frisou Ascenso Simões, que em Outubro próximo volta ao local com o ministro titular da pasta, Jaime Silva, para entregar este património nacional a uma entidade, que, entre outras, «pode ser uma fundação» ou uma «cooperativa de interesse público» de responsabilidade limitada, que ficará responsável pelo modelo de gestão e programa de acção a implementar.
«Essa entidade externa é que vai executar o plano de acção de desenvolvimento deste património nacional e espero que no início do próximo ano já esteja tudo definido», salientou o governante, manifestando grande vontade em não perder (muito) tempo com este plano de ordenamento e gestão da mata do Bussaco, cujo projecto está orçado em 1,4 milhões de euros, co-financiados por uma candidatura (aprovada) ao III Quadro Comunitário de Apoio.
Nuno Lecoq apresentou todos os detalhes do projecto, cujo estudo visou a preservação do património natural, edificado e construído, a caracterização da fauna e flora e a criação/construção de um Centro Interpretativo, aliás já em curso.
Candidata a Património
Mundial
Para este arquitecto, a mata nacional do Bussaco tem inúmeros pontos fortes «e uma riqueza elevada em termos patrimoniais», mas também alguns fracos, como a perda de habitats, o (re)povoamento da fauna, mas também a susceptibilidade aos fogos, destruição do património religioso e, imagine-se, o turismo de massas, ou seja, “selvagem”, desordenado, que pode levar à destruição de muito património. Daí a necessidade da execução deste plano de ordenamento e gestão daquele espaço patrimonial.
Nuno Lecoq enunciou os espaços previstos para o ordenamento, conservação e protecção da mata, que passa por manter e melhorar a zona florestal, valorizar a biodiversidade, recuperar o património edificado religioso, promover a prática do eco-turismo compatível com a mata, melhorar as infra-estruturas e equipamentos, recuperação do convento, promover o estudo e investigação sobre o Bussaco…
«Este plano inclui cinco grandes áreas temáticas e 19 objectivos primordiais», explicou o arquitecto da Universidade de Aveiro, concluindo que a Mata Nacional do Bussaco é candidata a Património Mundial, Nacional e Cultural da UNESCO.
 
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