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Curta-metragem premiada foi feita na Póvoa de Santa Iria com prata da casa

C.S.I.

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18 Jul 2008, 13:26h
“Tesouro” obteve o primeiro lugar no Festival Internacional de Vídeo do Algarve

A curta-metragem “Tesouro” foi exibida em antestreia, no sábado, no Palácio da Quinta da Piedade. Rodado quase na íntegra na Póvoa de Santa Iria e com um elenco de realização, produção e representação residente na cidade, o filme obteve o primeiro lugar na edição deste ano do Festival Internacional de Vídeo do Algarve (FIVA).

O realizador, Rui Canizes, explicou a O MIRANTE as razões da escolha da Póvoa para as filmagens. “Tem cenários naturais que noutros locais não os encontrava. A mistura entre o rural e o citadino é fantástica e temos na paisagem uma ilha, uma ponte, uma linha de comboio e o rio. Encontrei o paraíso na terra”, esclarece.

Também o leque de actores escolhido tem profundas raízes com a cidade. “Sempre associei os meus filmes aos locais onde vivo e ainda por cima encontrei cá pessoas extraordinárias”, conta Rui Canizes.

Um dos actores é Ruben José, de 17 anos. É o personagem principal. Estuda teatro mas nunca tinha experimentado cinema. “Gostei do filme mas não gostei de me ver na tela”, revela como primeira análise. “O filme só ficou como ficou por ser filmado nesta cidade”, confirma. “Passo todos os dias nos locais onde filmámos, cada pedra e calçada tem uma história pessoal. Conheço-as desde pequenino e até o sítio onde no filme levo porrada e caio no chão é junto à porta de minha casa. Isso deu força a todos os actores”, conta.

A mesma opinião tem outro actor, José Canha, de 62 anos. “Quando há muita afinidade as emoções surgem com muita naturalidade. Todo o elenco se conhecia, alguns são quase como meus filhos”, justifica. Para José Canha, o facto do filme ter sido premiado no FIVA pode dar alguma projecção à Póvoa. “Mas isso depende do percurso que a curta-metragem fizer, que nem sempre é muito previsível”, ressalva.

Depois da primeira apresentação ao público, o realizador, Rui Canizes, tem como principal objectivo a distribuição gratuita do filme. “Este é um filme sem fins lucrativos e o objectivo é mostrar que é possível fazerem-se coisas. É possível fazer-se no nosso país cinema tão fantástico como o que vem de fora”, explica. A sua postura no cinema é de total liberalização. “Estou a tentar implementar no cinema o que no passado se fez com o sistema operativo da Linux: incentivar as pessoas a copiarem e distribuírem”, conta.


O MIRANTE
 
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