brunocardoso
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Objectivos da reconstrução do Chiado atingidos após 20 anos
Vinte anos depois do grande incêndio do Chiado, foram «atingidos e estão perceptíveis» os objectivos do Plano para a Reconstrução da Área Sinistrada, segundo disse à agência Lusa o arquitecto coordenador do projecto.
Jorge Carvalho, que foi o «braço direito» de Álvaro Siza Vieira no projecto, explicou que «foram introduzidas melhorias nas ligações urbanas entre a Baixa e a Alta [Chiado], foi integrada uma estação de metro e criou-se habitação como factor de revitalização e segurança da zona».
«Agora vê-se vida intensa no Chiado a várias horas do dia. Há 20 anos, o incêndio demorou a ser notado e a ser dado o alarme devido à inexistência de habitação», reiterou.
O arquitecto, que coordenou o plano entre 1991 e 2001, falou com a Lusa na sexta-feira, à margem de uma visita guiada ao Chiado promovida pela Ordem dos Arquitectos, no âmbito dos 20 anos do incêndio que deflagrou a 25 de Agosto de 1998 naquela zona da cidade.
Mas ainda há pelo menos um objectivo por cumprir. «Falta o último troço de uma ligação pedonal através de escadas, que ligam um pátio criado na traseiras de alguns prédios da Rua do Carmo ao Convento», contou.
Segundo explicou, a ligação ainda não foi concretizada «por problemas com propriedade».
Revitalizar o Chiado foi, na altura, para um jovem arquitecto, «um grande desafio e uma grande lição, com a responsabilidade acrescida de ser uma zona central da cidade com um grande simbolismo».
Quando olha agora para o Chiado, Jorge Carvalho vê «uma cidade que parece existir há já muito tempo».
«A intervenção pós-incêndio felizmente está escondida e é ela que possibilita esta vida que se vê, e isso é gratificante», disse.
No edifício onde antes do incêndio ficavam os Armazéns do Chiado está agora instalado um centro comercial com o mesmo nome que, garante o arquitecto, «mantém algo da estrutura original».
«A estrutura espacial do edifício, que foi projectado no século XVIII, era baseada em dois pátios à volta de um corpo central, essa estrutura forte mantém-se. O centro desenvolve-se entre dois pátios cobertos com vidro», explicou.
A ideia inicial para aquele edifício era a de instalar ali um hotel, que ocupasse a maior parte da área. Além do hotel haveria ainda zonas comerciais.
«O centro comercial tem a vantagem de diversificar horários, como o hotel teria. O que permite a permanência de pessoas pelo Chiado a horas mais tardias do que na Baixa», afiançou.
Visivelmente satisfeito com o trabalho realizado na zona, Jorge Carvalho guiou um grupo de curiosos pelos locais de intervenção do plano.
«Voltar a falar do Chiado agora que está vivido e usado é extremamente grato», Jorge Carvalho com os presentes antes de dar inicio à visita guiada.
Fonte:Diário Digital / Lusa
Vinte anos depois do grande incêndio do Chiado, foram «atingidos e estão perceptíveis» os objectivos do Plano para a Reconstrução da Área Sinistrada, segundo disse à agência Lusa o arquitecto coordenador do projecto.
Jorge Carvalho, que foi o «braço direito» de Álvaro Siza Vieira no projecto, explicou que «foram introduzidas melhorias nas ligações urbanas entre a Baixa e a Alta [Chiado], foi integrada uma estação de metro e criou-se habitação como factor de revitalização e segurança da zona».
«Agora vê-se vida intensa no Chiado a várias horas do dia. Há 20 anos, o incêndio demorou a ser notado e a ser dado o alarme devido à inexistência de habitação», reiterou.
O arquitecto, que coordenou o plano entre 1991 e 2001, falou com a Lusa na sexta-feira, à margem de uma visita guiada ao Chiado promovida pela Ordem dos Arquitectos, no âmbito dos 20 anos do incêndio que deflagrou a 25 de Agosto de 1998 naquela zona da cidade.
Mas ainda há pelo menos um objectivo por cumprir. «Falta o último troço de uma ligação pedonal através de escadas, que ligam um pátio criado na traseiras de alguns prédios da Rua do Carmo ao Convento», contou.
Segundo explicou, a ligação ainda não foi concretizada «por problemas com propriedade».
Revitalizar o Chiado foi, na altura, para um jovem arquitecto, «um grande desafio e uma grande lição, com a responsabilidade acrescida de ser uma zona central da cidade com um grande simbolismo».
Quando olha agora para o Chiado, Jorge Carvalho vê «uma cidade que parece existir há já muito tempo».
«A intervenção pós-incêndio felizmente está escondida e é ela que possibilita esta vida que se vê, e isso é gratificante», disse.
No edifício onde antes do incêndio ficavam os Armazéns do Chiado está agora instalado um centro comercial com o mesmo nome que, garante o arquitecto, «mantém algo da estrutura original».
«A estrutura espacial do edifício, que foi projectado no século XVIII, era baseada em dois pátios à volta de um corpo central, essa estrutura forte mantém-se. O centro desenvolve-se entre dois pátios cobertos com vidro», explicou.
A ideia inicial para aquele edifício era a de instalar ali um hotel, que ocupasse a maior parte da área. Além do hotel haveria ainda zonas comerciais.
«O centro comercial tem a vantagem de diversificar horários, como o hotel teria. O que permite a permanência de pessoas pelo Chiado a horas mais tardias do que na Baixa», afiançou.
Visivelmente satisfeito com o trabalho realizado na zona, Jorge Carvalho guiou um grupo de curiosos pelos locais de intervenção do plano.
«Voltar a falar do Chiado agora que está vivido e usado é extremamente grato», Jorge Carvalho com os presentes antes de dar inicio à visita guiada.
Fonte:Diário Digital / Lusa