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Tragédia de Congonhas há um ano sem respostas

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Fev 4, 2008
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O Airbus 320 fez-se à pista do aeroporto de Congonhas a 17 de Julho de 2007, num início de noite chuvoso. Mas 1940 metros não foram suficientes para parar o avião da TAM, que fazia o voo 3054 entre Porto Alegre e São Paulo. "Vira, vira, vira", foram as últimas palavras ouvidas dentro do cockpit. O piloto ainda tentou, sem sucesso, levantar novamente voo. Mas depois de sobrevoar a movimentada avenida Washington Luis e de embater num posto de gasolina, o aparelho explodiu dentro do prédio da companhia TAM Express.

Um ano após o pior acidente da aviação brasileira, que causou a morte a 199 pessoas (187 a bordo e 12 no solo), os familiares continuam à espera de respostas. No local, um espaço vazio cercado por tapumes, as autoridades querem construir uma praça em homenagem às vítimas. As famílias preferem um memorial, com um auditório e uma biblioteca.

Mais grave é que ainda não há resultados da investigação. Tudo aponta contudo para uma falha nas manetas. Uma delas ficou em posição de aceleração, por erro humano ou falha técnica. A esse problema juntou-se a falta do reverse direito (instrumento que ajuda à travagem, mas não é essencial), que estava avariado. Para piorar a situação, a pista não tinha o chamado grooving (as ranhuras que ajudam no escoamento da água).

Esta semana, as autoridades revelaram que no final da investigação (prevista para Setembro ou Outubro) deverão ser acusadas entre sete e dez pessoas. Vão responder por homicídio involuntário e negligência.

Mas a verdade é que um ano depois, a crise no sector aéreo brasileiro, não está ultrapassada. "O que as pessoas sentem é que não existe mais atrasos. A aparente tranquilidade esconde uma série de problemas que ainda atingem em cheio a aviação brasileira, que vive uma calamidade silenciosa", disse ao jornal Estado de S. Paulo o responsável do Sindicato Nacional dos Controladores de Tráfego Aéreo, Jorge Botelho. Antes do acidente com o voo da TAM, ocorrera, em Setembro de 2006, uma colisão entre um Boeing da GOL e um jacto privado, que sobrevoavam a Amazónia. Morreram 154 pessoas.

Das medidas anunciadas pelo Presidente Lula da Silva após o acidente, apenas uma se confirmou: a redução do tráfego em Congonhas, de 44 aterragens e descolagens por hora, passou-se para 34. O projecto do novo aeroporto, que tinha sido prometido, ficou na gaveta.


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