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Foi uma beata de cigarro atirada na A1 que provocou fogo em Azambuja

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Reveladas conclusões de investigação da PJ e SEPNA da GNR

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Foi uma beata de cigarro atirada na A1 que provocou fogo em Azambuja


Fogo consumiu uma área de 370 hectares, a maioria eucaliptal e ameaçou várias famílias. As autoridades elogiaram o trabalho dos bombeiros.

O fogo que deflagrou nos dia 4 de Julho em Casais de Baixo, Azambuja, e consumiu cerca de 400 hectares de floresta durante três dias, foi provocado por uma beata de cigarro atirada a partir de uma viatura que circulava na Auto-Estrada do Norte (A1) ao quilómetro 36, 05 no sentido Sul-Norte. A conclusão foi adiantada a O MIRANTE pelo Comandante Municipal da Protecção Civil de Azambuja, vereador José Manuel Pratas e assenta na investigação feita pela Polícia Judiciária (PJ) e pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. “A investigação das duas entidades foi conclusiva”, adianta o vereador.

O primeiro fogo consumiu 20 hectares de eucaliptal e envolveu 116 bombeiros, 33 viaturas e um helicóptero num combate que durou 15 horas consecutivas. Mas o pior estava para vir. No dia 6 de Julho, houve um reacendimento ao início da tarde num sobreiro que continuou em combustão e, com a ajuda do vento, o fogo depressa ficou incontrolável. Arderam mais de 300 hectares, sendo 276 hectares de eucaliptal e 74 de terrenos não cultivados. O fogo andou a serpentear as casas em Casais de Baixo. Dois bebés e um adulto foram retirados do local e vários animais morreram queimados. O esforço dos bombeiros e populares venceu a força das chamas e não ardeu nenhuma habitação.

As autoridades foram unânimes no reconhecimento do trabalho dos bombeiros e da protecção civil municipal e realçaram a ajuda dos populares no maior fogo registado este Verão em Portugal. Os secretários de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros e das Obras Públicas, Paulo Campos, elogiaram a competência e a eficácia dos bombeiros numa apreciação partilhada pela Governadora Civil de Lisboa, Dalila Araújo e pelo presidente da Câmara Municipal de Azambuja.

Segundo o autarca, o Comandante Distrital do Serviço de Operações de Socorro de Lisboa considerou que o modelo de funcionamento do Serviço Municipal de Azambuja e o relacionamento dos bombeiros do concelho com as várias instituições é exemplar. Elísio Oliveira deixou o reconhecimento público na cerimónia do aniversário dos Bombeiros Voluntários de Alcoentre.

Nos dois fogos de Azambuja estiveram envolvidos 346 bombeiros, 103 viaturas, cinco helicópteros e duas aeronaves pesadas e a operação de combate durou 82 horas. A intervenção acompanhada de perto pela governadora civil e pelo presidente da câmara teve custos avultados para o erário público e obrigou bombeiros e populares a um esforço que deixou marcas.

Por: Nelson Silva Lopes

O Mirante
 
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