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Teatrão “não aguenta mais uma temporada” no Museu

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Responsáveis alegam que “a situação é insustentável” e garantem que a companhia está pronta para “mudar imediatamente” para a Oficina Municipal do Teatro

As duas novas produções de O Teatrão, com estreia agendada para 24 de Setembro e 13 de Novembro, correm o risco de não ver a luz do dia, caso não se realize brevemente a transferência da companhia para a Oficina Municipal do Teatro (OMT).
O grupo ocupa temporariamente o Museu dos Transportes, espaço que os responsáveis consideram não ter as condições necessárias para o teatro. «A situação é insustentável e O Teatrão já não aguenta mais uma temporada no Museu dos Transportes», afirmou Isabel Craveiro, responsável pela companhia.
«Já fomos quatro vezes assaltados e no Inverno choveu em cima do material. O aquecimento também não dá garantias. Nos meses mais frios tivemos que distribuir cobertores a quem foi ver o espectáculo», sustentou o encenador Deolindo Pessoa.
Também os espectadores mais novos saem prejudicados. «Não podemos sujeitar crianças a ver espectáculos naquelas condições. Não temos casa de banho, nem espaço para os figurinos», lamentou Isabel Craveiro.
As várias limitações do espaço «fazem com que existam espectáculos que não podem ser trazidos a Coimbra por condicionantes técnicas», analisou o encenador.
Os responsáveis recordaram também que é o próprio futuro da companhia que está em jogo. «O Teatrão não pode ser impedido de crescer. Temos uma candidatura à porta para os subsídios do Ministério da Cultura e que tem por base a Oficina Municipal do Teatro», projectou Isabel Craveiro. «Queremos fazer da Oficina um espaço aberto o máximo de horas por dia, onde as pessoas circulem livremente. Um espaço com vida, onde um espectáculo seja o ponto de partida para a realização de outros eventos, como colóquios», aprofundou Deolindo Pessoa.

Falta de licenciamento
“não impede transferência”
O Teatro da Cerca de S. Bernardo e a Oficina Municipal do Teatro ainda não têm licença de funcionamento atribuída pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC). É esta a razão que leva a que a companhia de teatro A Escola da Noite ainda não tenha deixado as instalações da Oficina para se transferir para o Pátio da Inquisição, abrindo, desta forma, espaço para a mudança de O Teatrão para a OMT.
No entanto, os responsáveis de O Teatrão consideram que a falta de licenciamento «não é impeditivo de concretizar a transferência das companhias». «O importante é haver vontade de que a mudança se concretize mesmo. Este processo já se arrasta há cinco anos. O presidente da autarquia, Carlos Encarnação, fez um acordo tripartido no primeiro mandato. O que estamos a resolver em 2008 era para ter sido concretizado em 2003», defendeu Deolindo Pessoa.
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra já afirmou que quer “tudo pronto” até ao final deste mês, cenário que a companhia vê com bons olhos. Isabel Craveiro considera mesmo que O Teatrão está «imediatamente disponível» para realizar a transferência. «Se for necessário mudar amanhã estamos prontos», revelou.
«Esperamos uma reunião com a Câmara, para que seja calendarizado todo o processo de transferência. Temos tentado esta reunião há muito tempo. É uma questão de vida ou de morte», recordou Isabel Craveiro.
A responsável considera que O Teatrão tem sido lesado em todo o processo. «Mas a grande prejudicada aqui é a cidade, privada de dois teatros e com o TAGV a passar por uma fase difícil», acrescentou.
A situação arrasta-se há cinco anos, mas os responsáveis de O Teatrão afirmam que a companhia «não está em ruptura com ninguém».
«Em todo o processo tivemos uma posição conciliadora com a autarquia e com a Escola da Noite», concluíram.
 
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