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Ciganos da Quinta da Fonte ameaçam organizar manifestação nacional

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Set 10, 2007
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Governo diz que não vai agir segundo ultimatos

A comunidade cigana da Quinta da Fonte está preparada para juntar ciganos de todo o país numa manifestação nacional se as famílias não forem realojadas em novos bairros até ao final desta semana, garantiu hoje José Fernandes, porta-voz da comunidade, que desde quinta-feira está concentrada em frente à Câmara de Loures. No entanto, o Governo já garantiu que não vai ceder a pressões.

Ontem as 53 famílias que se encontram junto à autarquia tinham já decidido não regressar ao bairro, depois de terem feito um rastreio às condições de segurança da zona, onde dizem ter sido insultados pela população africana que aí reside. «As pessoas não estão psicologicamente preparadas para encarar a Quinta da Fonte», afirmou José Fernandes. O responsável acrescentou, ainda, que por agora a concentração “é uma possibilidade remota, mas não deixa de ser uma hipótese”. “Tudo pode acontecer mas não queremos chegar a esse ponto”, acrescentou.

Esta tarde, às 19h30, está prevista uma marcha pela paz na Quinta da Fonte. A manifestação sairá da Igreja da Apelação e pretende juntar membros das comunidades africana e cigana. No entanto, o porta-voz da comunidade disse não acreditar nestas iniciativas por considerar que “a paz começa a partir da segurança. Quando há paz não é necessário existir polícia na rua”.
Durante o dia de hoje é também possível que aconteça uma reunião entre José Fernandes e a Governadora Civil, Dalila Araújo, de onde poderá sair uma solução final ou provisória para estas 53 famílias.

Governo não aceita pressões ou coacções

O ministro da Administração Interna afirmou hoje que o Governo "não recebe ultimatos", a propósito da ameaça feita pela comunidade cigana da Quinta da Fonte de convocar uma manifestação de ciganos de todo o país. "O Governo, o Ministério da Administração Interna e as forças de segurança não recebem ultimatos nem cedem em nenhuma situação a pressões ou a coacções", afirmou Rui Pereira, durante uma apresentação, em Lisboa, das equipas da GNR e da PSP de combate ao carjacking (roubo de viaturas com violência na presença do condutor).

"Todos os cidadãos, independentemente da cor da sua pele, da sua etnia, da sua condição social, estão sujeitos à lei portuguesa", afirmou o ministro, que acrescentou que "se os cidadãos se quiserem manifestar terão de o fazer sempre de acordo com a Constituição e com a lei".

Há uma semana, dia 11 de Julho, cerca de 50 membros das comunidades cigana e africana da Quinta da Fonte envolveram-se em confrontos com armas de fogo, segundo a PSP, que indicou ter detido dois indivíduos e apreendido algumas armas de fogo e munições de calibre variado. No dia anterior, uma rixa entre dois grupos do mesmo bairro tinha provocado nove feridos ligeiros e danos em várias viaturas.

O bairro da Quinta da Fonte, na freguesia da Apelação, concelho de Loures, foi construído para acolher desalojados pela construção dos acessos à Expo 98 e tem actualmente 2500 habitantes de várias origens.

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