Bolsa de Lisboa - 22 de Julho

Bolsa abre em queda com PT e BCP a penalizar.

A bolsa nacional iniciou a sessão em queda, acompanhando a tendência dos principais mercados europeus, depois de ontem a Apple e a American Express terem apresentados resultados que decepcionaram. O PSI-20 descia o,4%, pressionado pela Portugal Telecom e pelo BCP, que hoje viu a UBS e o Deutsche Bank cortarem o preço-alvo do banco para 1,15 euros.

O PSI-20 abriu nos 8.780,45 pontos, com 11 cotadas em alta, sete em queda e duas inalteradas. Nas bolsas europeias as perdas aproximam-se de 1%, depois de ontem os resultados apresentados pela Apple e American Express terem decepcionado. Já hoje a Vodafone reviu em baixa a sua perspectiva de resultados.

A Portugal Telecom, penalizada por esta notícia, perdia 2,4% para 6,91 euros. A Zon caia 1,34% para 5,90 euros e a Sonaecom subia 1,42% para 2,15 euros.

A banca também pressionava, com o Banco Comercial Português a descer 1,26% para 1,18 euros. O banco, que hoje apresenta os lucros do primeiro semestre (os analistas esperam uma quebra de 70% nos resultados líquidos), viu o UBS e o Deutsche bank cortarem o preço-alvo do banco para 1,15 euros. O banco alemão recomenda mesmo vender acções do BCP.

No resto da banca o BES subia 0,56% para 10,75 euros e o BPI cedia 2,78% para 2,80 euros.

Jornal de Negócios

Banca regista forte queda e quebra ciclo de alta do PSI-20

Bolsa nacional cai 1,72%

Após quatro sessão em alta – em que acumulou um ganho de 10% - a bolsa nacional regressou hoje às perdas. O PSI-20 caiu 1,72% penalizado pelo mau desempenho da banca nacional, e liderou as perdas entre as principais praças europeias.

O principal índice da bolsa nacional caiu para os 8.663,99 pontos, com 12 títulos a descer e oito a subir. Os principais mercados europeus encerraram em terreno negativo mas a bolsa nacional foi a que registou a maior queda, acumulando uma desvalorização anual de 33,25%.

A época de resultados semestrais das principais cotadas da bolsa nacional tem hoje início com o BCP a divulgar as suas contas depois do fecho do mercado. Os analistas contactados pela Reuters e pelo Jornal de Negócios estimam uma quebra de cerca de 70% nos lucros do banco, face ao mesmo período do ano passado.

O sector bancário foi o mais penalizado na sessão de hoje, tendo sido três as casas de investimento que emitiram análises sobre os bancos nacionais, onde reduziram preços-alvo e estimativas de resultados.

O BPI foi o banco mais penalizado com uma queda de 9,90% para os 2,595 euros. As acções do Banco Comercial Português (BCP) perderam 4,18% para 1,145 euros e o Banco Espírito Santo (BES) recuou 4,82% para os 10,175 euros.

A Keefe, Bruyette & Woods (KBW) reviu em baixa as previsões de resultados para a banca nacional e também para o sector financeiro espanhol. Em Portugal, as estimativas foram reduzidas em 6%, para este ano, e em 4%, para 2009, sendo a maior redução nos números do BCP.

A UBS cortou os preços-alvo para os três maiores bancos portugueses, enquanto o Deutsche Bank reduziu a avaliação para o BES e BCP.

A penalizar a bolsa nacional esteve ainda a Energias de Portugal que recuou 1,97% para os 3,485 euros. Ainda no sector energético, a EDP Renováveis recuou 3,43% para os 6,75 euros e a REN caiu 1,85% para os 2,91 euros. A Galp Energia contrariou esta tendência e avançou 0,94% para os 11,77 euros.

Em alta encerrou ainda a Altri com um ganho de 7,72% para os 2,58 euros, no dia em que a Lisbon Brokers reiniciou a cobertura da empresa com uma recomendação de “forte compra” e um preço-alvo de 3,00 euros. A empresa liderada por Paulo Fernandes já chegou a “disparar” mais de 13%.

A Jerónimo Martins também beneficiou de um conjunto de recomendações positivas emitidas hoje e que divulgaram boas perspectivas para os resultados da retalhista portuguesa. A Goldman Sachs adicionou a companhia à sua lista europeia de recomendações de “compra”. A empresa subiu 5,38% para os 4,80 euros.

No grupo Sonae a tendência foi mista. A Sonae SGPS perdeu 1,26% para os 0,785 euros e a Sonae Capital avançou 2,08% para os 98 cêntimos. As acções da Sonaecom subiram a 0,94% para os 2,14 euros.

No restante sector das telecomunicações, a Zon Multimédia subiu 4,68% para os 6,26 euros e a Portugal Telecom caiu 1,84% para os 6,95 euros, numa dia em que o sector foi penalizado pelas más notícias da Ericsson e da Vodafone.

Jornal de Negócios