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Um satélite construído por alunos

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Desafio da Agência Espacial Europeia (ESA) mobiliza Faculdade de Engenharia do Porto para colocar pequeno engenho em órbita

Um grupo de 20 alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto está a desenvolver um satélite de órbita baixa, de dimensões reduzidas e padronizadas, que visa demonstrar a possibilidade de uma estação terrestre determinar a orientação de um engenho destas dimensões apenas através de sinais de rádio transmitidos pelo próprio satélite.

O desafio partiu da Agência Espacial Europeia (ESA) e o grupo - estudantes oriundos de diversas áreas de Engenharia, tais como Electrotécnica e Computadores, Mecânica, Informática, Civil e Gestão Industrial - está a trabalhar sob a supervisão do professor Sérgio Reis Cunha.

O engenho, com 10x10x10 centímetros e um quilograma de peso, foi designado VORSat (acrónimo de VHF Omnidirectional Radio Range Satellite). Segundo a FEUP, trata-se de um desafio inovador. Por um lado, Portugal é um dos poucos países membros que não têm representação na ESA a nível dos CubeSat; por outro lado, a participação da FEUP potencia o conhecimento científico e técnico de alunos e docentes no domínio das tecnologias aeroespaciais, permitindo ainda o acesso ao "mercado do espaço".

"É um projecto de estudos, com objectivos experimentais, com funções orientadoras e para captar vocações", disse Sérgio Reis Cunha ao JN. "No entanto, as portas estão abertas a ideias, que gostaríamos viessem de fora do grupo actual de alunos. Gostaríamos de receber propostas de experiências científicas no espaço [no satélite], isto é, para o estudo de fenómenos da Terra vistos do espaço", sublinha Sérgio Reis Cunha.

O desenvolvimento deste projecto tem uma duração estimada de dois anos, após os quais será apresentado à ESA. Se for aceite, será colocado em órbita. A FEUP está também a montar uma estação de rastreio de satélites, para acompanhar este e outros engenhos. A estação já está inscrita na GENSO, rede deste tipo de estações que está a ser formada pelo Departamento de Educação da ESA.

A FEUP já criou o programa STRAPLEX (Stratospheric Platform Experiment), para lançamento, através de balões de hélio - até à estratosfera (cerca de 30 quilómetros de altitude) -, de cápsulas recuperáveis com equipamento científico. Este programa (STRAtospheric PLatform EXperiment - Home) é maioritariamente desenvolvido por alunos e opera em estreita colaboração com a ESA. As cápsulas são portadoras de (além do computador de bordo), sistema de navegação, telemetria, sensores e sistema de imagem, espaço para transporte das mais diversas experiências científicas em condições ambientais próximas das orbitais, ou seja, baixa temperatura, muito baixa pressão e radiação solar intensa.



Fonte: JN
 
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